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Raisi nomeia engenheiro civil para dirigir departamento nuclear

O presidente do Irão, Ebrahim Raisi, nomeou hoje o engenheiro civil Mohammad Eslami para diretor do departamento nuclear do país, substituindo Ali Akbar Salehi, um cientista formado nos EUA, avança a Associated Press, citando a televisão estatal iraniana.

Raisi nomeia engenheiro civil para dirigir departamento nuclear
Notícias ao Minuto

22:59 - 29/08/21 por Lusa

Mundo Irão

O recém-eleito Presidente do Irão, Ebrahim Raisi, escolheu Mohammad Eslami, um engenheiro civil de 64 anos que anteriormente supervisionava a rede rodoviária do país e ligações com o Ministério da defesa, para liderar o programa nuclear civil do Irão e servir como um dos vários vice-presidentes.

Ebrahim Raisi vai então suceder a Ali Akbar Salehi, um dos cientistas nucleares mais proeminente do país, formado nos Estados Unidos da América (EUA), e que foi uma peça importante durante os anos de diplomacia internacional e que levaram ao atual acordo nuclear de 2015 com potências mundiais.

O acordo nuclear de 2015 restringe as atividades nucleares do Irão em troca do levantamento de sanções, com o objetivo de evitar que o Irão tenha acesso ou desenvolva armas nucleares, mas o então Presidente Donald Trump retirou unilateralmente os Estados Unidos do acordo e impôs sanções mais severas.

O Irão, em resposta, abandonou gradual e publicamente todas as restrições aos seus 'stocks' de urânio enriquecido.

Durante o mandato do ex-Presidente Hassan Rouhani, o engenheiro civil Mohammad Eslami serviu como ministro dos Transportes e Desenvolvimento Urbano.

Antes disso trabalhou durante anos nas indústrias militares do Irão. Mais recentemente era vice-ministro da Defesa responsável por pesquisa e indústria.

Mohammad Eslami é formado em engenharia civil pela Universidade de Detroit, no estado norte-americano do Michigan, e pela Universidade de Toledo, no estado norte-americano de Ohio.

Os órgãos de comunicação iraniana não divulgaram mais detalhes da experiência de Eslami na área do nuclear, mas a sua formação académica em engenharia mostra o foco renovado do país na construção de fábricas de energia, num momento em que apagões elétricos afetam aquele país.

O Irão está a construir duas instalações de energia nuclear para complementar o seu único reator operacional de 1.000 megawatts na cidade portuária de Bushehr, que entrou em operação com a ajuda da Rússia em 2011.

No plano de energia de longo prazo, o Irão pretenderá atingir uma capacidade de 20.000 megawatts de energia nuclear.

O Presidente dos EUA, Joe Biden, já expressou a sua intenção de fazer o país regressar ao pacto, mas primeiro exige que o Irão cumpra todas as suas obrigações. Por sua vez, Teerão condiciona esta medida à eliminação prévia das sanções aplicadas por Washington.

O Irão tem violado os termos do acordo nuclear desde 2019, designadamente em termos de produção e pureza do urânio enriquecido.

No sábado, o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, acusou o Presidente dos EUA de ter as "mesmas" exigências em relação a Teerão que o seu antecessor Donald Trump na questão nuclear iraniana.

Leia Também: Irão avisa que responderá reciprocamente a ações dos EUA

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