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Social-Democratas lideram sondagem na Alemanha pela 1.ª vez desde 2006

O Partido Social-Democrata alemão (SPD), do ministro das Finanças e vice-chanceler, Olaf Scholz, ocupa a primeira posição nas intenções de voto nas eleições gerais alemãs de setembro próximo, algo que não acontecia desde 2006.

Social-Democratas lideram sondagem na Alemanha pela 1.ª vez desde 2006
Notícias ao Minuto

16:40 - 24/08/21 por Lusa

Mundo Alemanha

Segundo uma sondagem do instituto de estudos de opinião Forsa, hoje divulgada, o SPD alcança 23% dos votos, um ponto percentual acima do bloco conservador formado pela União Democrata-Cristã (CDU), o partido da chanceler Angela Merkel, com Armin Laschet como candidato, e a União Social-Cristã (CSU) bávara.

Os Verdes ocupam a terceira posição, com 18% das intenções de voto, dois pontos acima do Partido Liberal (FDP).

À Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita, a sondagem atribui cerca de 10% das intenções de voto, e à Esquerda, cerca de 6%.

Scholz também tem uma vantagem clara sobre os outros candidatos no que diz respeito à avaliação pessoal: cerca de 51% dos eleitores preferem-no como futuro chanceler, contra 33% que opta pela candidata dos Verdes, Annalena Baerbock, e 29% que escolhe Laschet.

A avaliação pessoal é um indicador meramente simbólico, já que no sistema parlamentar alemão o chanceler não resulta do voto direto dos cidadãos, mas da maioria da câmara baixa do Bundestag (parlamento federal).

O SPD obteve uma subida a pique em apenas algumas semanas. Durante meses, considerou-se que Scholz não tinha hipóteses de chegar à Chancelaria, porque o seu partido se encontrava na terceira posição, muito atrás de conservadores e ecologistas.

Baerbock, que após a sua nomeação como candidata pelos Verdes se posicionou em primeiro lugar nas intenções de voto, caiu nas sondagens devido a uma série de erros ou deslizes pessoais.

Laschet conseguiu em março a nomeação como candidato do bloco conservador de Merkel, após uma dura disputa com a ala mais à direita, representada pelo líder da CSU, Markus Söder.

No entanto, já então tinha uma avaliação mais baixa que o seu adversário bávaro, em parte devido à sua gestão errática da pandemia no 'Land' da Renânia do Norte-Vestefália, do qual é primeiro-ministro. A isso, seguiram-se mais alguns passos em falso, durante as inundações que afetaram a sua região, que minaram a sua credibilidade como líder.

Scholz pertence à ala moderada do SPD e, de certo modo, representa a continuidade, enquanto 'número dois' na coligação de Governo de Merkel. É o único dos candidatos com experiência de governação à escala federal.

As eleições de 26 de setembro próximo porão fim à chamada "era Merkel", retirando-se Angela Merkel com a formação do executivo seguinte, após 16 anos no poder.

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