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Líder republicano no Senado critica política de Biden no Afeganistão

O líder republicano no Senado dos Estados Unidos, Mitch McConnell, classificou na quinta-feira como "perigosa" a política do presidente Joe Biden no Afeganistão, face ao incessante avanço dos talibãs no terreno.

Líder republicano no Senado critica política de Biden no Afeganistão
Notícias ao Minuto

06:14 - 13/08/21 por Lusa

Mundo Mitch McConnell

"O Afeganistão caminha para um desastre enorme, previsível, e poderia ter sido evitado. As tentativas surrealistas do Governo em defender as políticas perigosas do presidente Biden são francamente humilhantes", afirmou o veterano republicano no Senado, em comunicado.

Os Estados Unidos vão reenviar tropas para o Afeganistão para garantir a retirada de parte do pessoal da embaixada em Cabul, que será reduzida face ao avanço dos talibãs, anunciou na quinta-feira o Departamento de Estado norte-americano.

Segundo o porta-voz da diplomacia norte-americana, Ned Price, ao mesmo tempo Washington vai acelerar, com voos diários, a evacuação de intérpretes e outros contratados que apoiaram o exército dos Estados Unidos, que podem ser ameaçados de represálias se os talibãs tomarem o poder.

Para Mitch McConnell, citado pela agência AFP, as decisões de Joe Biden estão a encaminhar a situação para uma sequência "ainda pior" que a queda de Saigão em 1975, no final da guerra do Vietname.

"Os últimos anúncios dos Estados Unidos parecem preparativos para a queda de Cabul", acrescentou, desafiando Biden a "comprometer-se imediatamente para oferecer mais apoio às forças afegãs".

"Sem isso, a Al-Qaeda e os talibãs podem celebrar o 20.º aniversário dos ataques de 11 de setembro incendiando a nossa embaixada em Cabul", alertou.

Na quinta-feira à noite os talibãs anunciaram ter tomado Kandahar, a segunda maior cidade afegã, o que deixa apenas a capital Cabul e alguns outros territórios na posse das forças do Governo.

Um morador confirmou à agência AFP que as forças do Governo terão "aparentemente" retirado daquela cidade.

Segundo Ned Price, serão enviados para o Afeganistão cerca de 3.000 soldados, que se juntarão aos 650 que ainda lá se encontram.

Os Estados Unidos vão também enviar mais 3.500 soldados para o Qatar, para garantir que, caso a situação se deteriore em Cabul, possam ser deslocados rapidamente para o terreno.

As tropas norte-americanas vão garantir apoio terrestre e aéreo na segurança das operações, nomeadamente dos norte-americanos enviados ao aeroporto de Cabul, disse o oficial, que pediu anonimato ao abordar um plano ainda não divulgado. 

A medida, refere a agência Associated Press (AP), sugere uma falta de confiança do Presidente norte-americano, Joe Biden, na capacidade de o governo afegão garantir segurança diplomática suficiente na capital, enquanto os talibãs continuam com uma vasta ofensiva, tendo já conquistado o controlo de 11 capitais provinciais afegãs.

O Pentágono manteve cerca de 650 soldados no Afeganistão para apoiar a segurança diplomática dos Estados Unidos, incluindo no aeroporto. 

Londres vai enviar, temporariamente, cerca de 600 soldados para o Afeganistão para ajudar os britânicos a deixar o país face ao avanço militar dos talibãs, anunciou também na quinta-feira o ministro da Defesa do Reino Unido.

Os talibãs lançaram uma vasta ofensiva contra as forças do Governo de Cabul no início de maio, após o anúncio da retirada final das forças internacionais do Afeganistão, que deve estar concluída no final deste mês.

Localizado na Ásia, o Afeganistão faz fronteira com seis países (Paquistão, Tajiquistão, Irão, Turquemenistão, Uzbequistão e China), sendo a paquistanesa a mais extensa, com 2.670 quilómetros.

Leia Também: Trump responsabiliza Biden pelos avanços militares dos talibãs

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