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Ministro israelita inaugura representação diplomática em Marrocos

O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Yair Lapid, inaugurou hoje a representação diplomática embaixada de Israel em Marrocos, símbolo da normalização das relações entre os dois países.

Ministro israelita inaugura representação diplomática em Marrocos
Notícias ao Minuto

17:22 - 12/08/21 por Lusa

Mundo Israel

A visita de dois dias de Lapid é a primeira ao país de um ministro israelita desde 2003 e ocorre menos de um ano depois de Israel e Marrocos terem acordado o estabelecimento de relações oficiais e formais ao abrigo dos "Acordos de Abraham", intermediados pelos Estados Unidos.

Na rede social Twitter, Lapid publicou fotos de si próprio a inaugurar o escritório de ligação israelita em Rabat, ao lado do vice-ministro dos Negócios estrangeiros marroquino, Mohcine Jazouli.

Quarta-feira, Lapid reuniu-se com o homólogo marroquino, Nasser Burita, e apresentou uma carta do Presidente israelita, Isaac Herzog, a convidar o Rei de Marrocos, Mohamed VI, a visitar Israel.

"[A carta] simboliza a importância das relações entre os dois países e o profundo compromisso de Israel com um acordo entre os dois povos", escreveu Lapid no Twitter.

Israel e Marrocos já assinaram um acordo de transportes aéreos e outro de cooperação nas áreas de cultura, juventude e deporto, bem como um memorando de entendimento sobre o estabelecimento de um mecanismo de consulta política entre os Ministérios dos Negócios Estrangeiros dos dois países.

Quarta-feira, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, também no Twitter, deu os parabéns dos Estados Unidos aos dois países pela "reabertura do escritório de ligação de Israel em Rabat". 

"Continuaremos a trabalhar com Israel e Marrocos para fortalecer todos os aspetos das nossas parcerias", afirmou.

Na década de 1990, Israel e Marrocos mantinham relações diplomáticas pouco significativas, mas, em 2000, Rabat decidiu suspendê-las na sequência da segunda 'Intifada" ("Guerra das Pedras") palestiniana.

Os dois países mantiveram laços informais, com milhares de israelitas a viajar anualmente para Marrocos.

Os "Acordos de Abraham" foram assinados por Israel em 2020 com quatro Estados árabes: Emirados Árabes Unidos (EAU), Bahrein, Sudão e Marrocos. 

Os acordos geraram mais críticas do que aplausos na região, mas quebraram, porém, o tabu de longa data associado ao facto de nunca se acreditar que Israel poderia normalizar as relações com o mundo árabe, em geral, sem progressos na resolução de conflito de décadas com os palestinianos.

Os palestinianos rejeitaram os acordos. 

Como parte do acordo para estabelecer laços formais com Israel, os Estados Unidos, então sob a Presidência de Donald Trump, concordaram em reconhecer a reivindicação do Marrocos sobre a disputada região do Saara Ocidental.

No entanto, o novo inquilino da Casa Branca, Joe Biden, já deu indicações de que irá rever a decisão.

A anexação do Saara Ocidental por Marrocos em 1975 não é reconhecida pelas Nações Unidas.

Leia Também: EUA criticam lei sobre imprensa e Israel fala de afronta a Holocausto

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