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EUA prometem não deter Assange sob condições austeras se for extraditado

A administração Biden indicou que, se o fundador do WikiLeaks for condenado nos Estados Unidos, permitir-lhe-á cumprir a sentença na Austrália.

EUA prometem não deter Assange sob condições austeras se for extraditado
Notícias ao Minuto

10:46 - 08/07/21 por Fábio Nunes

Mundo Julian Assange

Se a justiça britânica decidir extraditar Julian Assange para os Estados Unidos, a administração Biden promete que o fundador do WikiLeaks não será detido sob condições austeras como costuma suceder com os reclusos de segurança máxima, de acordo com o The New York Times. Mais, se for condenado num julgamento nos Estados Unidos, o governo norte-americano está disposto a permitir que Assange cumpra a sentença no seu país, a Austrália.

Essas garantias da administração Biden foram reveladas esta quarta-feira após uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça britânico.

O tribunal aceitou um recurso apresentado pelo governo norte-americano relativamente a uma decisão que rejeitava a extradição de Julian Assange para os Estados Unidos, tendo por base o argumento de que as prisões americanas para reclusos de segurança máxima são desumanas.

Esta nova decisão do Supremo britânico não foi revelada na sua totalidade, mas o Times teve acesso a um email com um resumo da mesma.

Além de desvendar as promessas da administração Biden, este email também resume a decisão de aceitar o recurso do governo dos Estados Unidos, justificando que foi “fornecido ao Reino Unido um pacote de garantias que respondem aos vereditos específicos neste caso”.

A administração Biden também prometeu que Assange não será submetido a medidas que reduzam o contacto de um recluso com o mundo exterior e que podem chegar ao confinamento em solitária, e que o fundador do WikiLeaks não será enviado a prisão de segurança máxima de Florence, no estado do Colorado, onde está preso, por exemplo, Joaquín ‘El Chapo’ Guzmán.

Stella Moris, a noiva de Julian Assange, reagiu através de um comunicado às promessas dos Estados Unidos e apelou à administração Biden para desistir do pedido de extradição e deixar cair as acusações contra Assange, que considera serem uma ameaça às liberdades de imprensa da Primeira Emenda da Constituição norte-americana.

“Estou a apelar diretamente ao governo de Biden para fazer a coisa certa, mesmo nesta fase adiantada. Este caso não devia arrastar-se nem mais um momento. Ponham termo a esta acusação, protejam a liberdade de expressão e deixem o Julian voltar para casa para a sua família”, afirmou Stella Moris.

Na sequência deste recurso aceite, ainda não foi agendada uma data para a justiça britânica voltar a deliberar sobre o pedido de extradição de Assange para os Estados Unidos.

Os Estados Unidos acusam o fundador do WikiLeaks de espionagem e podem condená-lo a uma pena de prisão que pode chegar aos 175 anos.

Leia Também: Advogada de Assange pede pressão sobre Biden para fim de extradição

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