Libertados os dois jornalistas detidos por alegados membros do Hezbollah
Um jornalista britânico do jornal libanês NOW e uma repórter independente alemã foram libertados na segunda-feira depois de terem sido detidos durante horas por alegados membros do grupo xiita Hezbollah, enquanto cobriam a grave escassez de combustível no país.
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Mundo Líbano
"Já em casa e feliz. Obrigado a todos pelas mensagens gentis e para todos aqueles que trabalharem sem descanso para me libertar a mim e à Stella Manner", publicou na rede social Twitter o jornalista do NOW, Mattheu Kynaston.
Por seu lado, a alemã Manner anunciou também a libertação de ambos no Twitter e acrescentou que ambos estão "bem, mas exaustos".
Antes do seu desaparecimento, Kynaston informou o editor por mensagem de que um grupo de homens o tinha retido e exigido que entregasse o passaporte e informações de contacto, não ficando satisfeitos com a carteira profissional de jornalista que o credencia como jornalista no Líbano, segundo publicou o NOW.
O último contacto com o britânico tinha sido feito pelas 14:30 locais (13:30 em Lisboa), quando enviou uma mensagem de voz a um colega do NOW na qual se ouvia um homem a dizer "tenho direito a tirar-lhe o telemóvel sem o seu consentimento", segundo o diário.
A assessoria de imprensa do Hezbollah não respondeu às perguntas do NOW sobre o repórter e o meio de comunicação está a trabalhar para que seja "libertado" o mais rápido possível, de acordo com o texto difundido no seu portal.
A formação xiita, que conta com representação política no Líbano e controla 'de facto' alguns bairros da capital e outras áreas do país, não se pronunciou ainda sobre o incidente.
Em fevereiro, o ativista e editor Lokman Slim, conhecido por ser muito crítico com o Hezbollah, foi assassinado a tiro no sul do país, numa zona considerada 'bastião' do Hezbollah, num evento do qual o grupo se desassociou publicamente.
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