Pelo menos cinco polícias foram mortos em ataque no Burkina Faso
Pelo menos cinco polícias foram mortos na segunda-feira num ataque levado a cabo por indivíduos armados não identificados na região norte-central do Burkina Faso, revelou hoje a agência de informação estatal do país africano.
© Lassana Bary/Twitter
Mundo Burkina Faso
"O saldo provisório é de cinco polícias mortos, sete encontrados vivos e 10 desaparecidos", revelou a Agência de Informação do Burkina (AIB), num balanço do ataque que se suspeita ter sido da autoria de grupos terroristas.
O ataque ocorreu na segunda-feira à tarde, quando 22 polícias burquinenses estavam a caminho da cidade de Yirgou, no centro- norte do Burkina Faso, e sofreram uma emboscada na estrada que liga as cidades de Barsalogo e Foubé.
Segundo a AIB, citada pela agência de notícias espanhola Efe, as autoridades regionais do centro-norte reuniram-se hoje de emergência em Kaya, a 100 quilómetros da capital do país, Ouagadougou.
Já segundo fontes de segurança, citadas pela agência de notícias France-Presse, pelo menos uma "dezena de polícias" foram mortos no ataque de segunda-feira no norte do Burkina Faso, que as autoridades suspeitam ter sido levado a cabo por grupos 'jihadistas', e ainda "estão desaparecidos" vários elementos da polícia.
"Na noite de segunda-feira, uma equipa do destacamento policial foi alvo de uma emboscada de indivíduos armados nas proximidades de Barsalogho", comuna na região centro-norte, disse uma fonte da segurança.
"O balanço provisório é de cerca de 10 polícias mortos, mas faltam elementos", afirmou a mesma fonte.
O ataque foi ainda confirmado por outra fonte dos serviços de segurança do Burkina Faso à agência noticiosa francesa.
"Após o ataque, mais de uma dezena de polícias estavam desaparecidos, mas alguns foram encontrados", adiantou, entretanto, outra fonte dos serviços de segurança de Burkina Faso, confirmando a morte de "vários elementos" da equipa de socorro em Yirgou, uma pequena aldeia a norte de Barsalogho.
Em janeiro de 2019, precisamente em Yirgou, 48 pessoas, segundo o Governo, foram mortas por aldeões como represália contra membros da comunidade Peul, após um ataque terrorista.
Agora,"está em curso uma operação de busca para localizar os atacantes, com reforço militar, e encontrar os elementos em falta", da polícia, disse um oficial de segurança.
A última emboscada contra membros das forças de defesa e segurança no norte do Burkina Faso, a área do país mais afetada pelos ataques terroristas, data de finais de abril, quando um destacamento militar foi atacado perto de Yirgou e quatro militares foram mortos.
Na segunda-feira, o Exército de Burkina Faso anunciou que tinha "neutralizado" (morto) 11 'jihadistas' e destruído três bases "terroristas" entre 14 e 16 de junho, durante uma operação contra o terrorismo na região oriental.
Uma "dúzia de terroristas" já tinha sido "neutralizada" durante operações de 'limpeza' da zona, que decorreram entre 07 e 13 de junho, depois de um massacre imputado a suspeitos 'jihadistas' na aldeia nordeste de Solhan.
Na noite de 04 para 05 de junho, pelo menos 132 pessoas, segundo o Governo, e 160, de acordo com fontes locais, foram mortas no ataque em Solhan, perto da fronteira com o Níger.
O ataque foi o mais mortal até agora desde o início da rebelião 'jihadista' no Burkina Faso, há seis anos, que matou mais de 1.400 pessoas e forçou um milhão e pessoas a fugirem das suas casas.
O Burkina Faso, um país pobre, tem enfrentado ataques cada vez mais frequentes e mortais por parte de grupos 'jihadistas' filiados no Estado Islâmico e na al-Qaida.
Os atos terroristas são frequentemente atribuídos ao grupo local Burkinabe Ansarul Islam, ao Grupo Sahel 'jihadista' de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos e ao Estado Islâmico no Grande Sara, que também atacam nos países vizinhos com os quais o Burkina Faso partilha fronteira, tais como o Mali e o Níger.
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