Burkina Faso promete que ataque do fim de semana "não ficará impune"
O Governo do Burkina Faso prometeu hoje que o massacre de pelo menos 132 pessoas no fim de semana, no norte do país, o mais mortífero desde 2015, "não ficará impune".
© Reuters
Mundo Burkina Faso
"Esta incursão assassina não ficará impune", garantiu o primeiro-ministro do Burkina Faso, Christophe Dabiré, após um encontro com os habitantes de Solhan, que se refugiram em Sebba, a capital da província de Yagha, para onde o líder do executivo e mais cinco governantes viajaram de helicóptero ao encontro dos refugiados.
Segundo dados do Governo do Burkina Faso, cerca de 7.000 famílias abandonaram as suas casas após o ataque à aldeia de Solhan, numa região fronteiriça com o Mali e Níger, que matou 132 pessoas.
Fontes locais citadas pela agência France-Presse referem que o balanço de vítimas mortais é de 160, naquele que é considerado o mais mortífero ataque por alegados rebeldes no Burkina Faso desde 2015.
"Há esperança porque nos vamos reorganizar para podermos dar a resposta adequada à situação", assegurou Dabiré, durante a visita ao local da tragédia, na qual garantiu que o executivo "tomou medidas de segurança" para esta parte do território estar já "ocupada por uma série de forças de segurança que estão a revistar o terreno".
Na segunda-feira, o governador da região do Sahel, coronel Salfo Kaboré, proibiu "até nova ordem" o movimento de veículos de duas e três rodas, que são normalmente utilizados pelos rebeldes na região.
De acordo com o Governo, 7.600 pessoas fugiram da área do ataque para se refugiarem em Sebba.
Em Genebra, o porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, Babar Baloch, falou em 3.300 pessoas deslocadas, incluindo 2 mil crianças e mais de 500 mulheres, que "chegaram com muito poucos ou nenhuns bens e ficaram generosamente alojadas" com famílias da região.
"O desejo destas pessoas é que a segurança regresse a Solhan para que possam regressar às suas casas", disse o ministro da Comunicação do Burkina Faso, Ousséni Tamboura, que acompanhou o primeiro-ministro na visita ao local.
O Burkina Faso, tal como os seus vizinhos do Mali e Níger, enfrenta ataques 'jihadistas' cada vez mais frequentes e mortais.
O ataque em Solhan no passado dia 04 assemelha-se a outro, na mesma sexta-feira, à noite, numa aldeia da mesma região, Tadaryat, no qual pelo menos 14 pessoas foram mortas.
A espiral de violência 'jihadista' no Burkina Faso fez mais de 1.400 mortos desde 2015 e deslocou mais de um milhão de pessoas.
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