Investir em cibersegurança é fundamental para Europa enfrentar desafios

A secretária de Estado dos Assuntos Europeus defendeu hoje que o investimento na segurança da rede dos sistemas de comunicação é "o elemento fundamental" para construir uma Europa "capaz de enfrentar" os desafios do futuro ao nível da cibersegurança.

Ana Paula Zacarias

© Getty Imagens

Lusa
16/06/2021 19:31 ‧ 16/06/2021 por Lusa

Mundo

Cibersegurança

"Como demonstrado ao longo destes três dias de debate, a base das competências na Europa e o investimento na segurança da rede dos sistemas de comunicação é um elemento fundamental para a construção de uma Europa mais justa, mais resiliente e sustentada capaz de enfrentar os desafios do futuro", afirmou Ana Paula Zacarias numa participação virtual na cerimónia de encerramento da Conferencia de Cibersegurança "C-DAYS 2021", que decorreu no Porto.

"A pandemia de covid-19 reforçou ainda mais a pertinência deste tema. Num momento em que o recurso à comunicação por canais digitais se reveste de uma crescente importância, quer para a atividade económica em geral, quer para o exercício das funções do estado, quer para o bem-estar e coesão social dos cidadãos, a cibersegurança adquire um estatuto autónomo e proporcional à sua importância", referiu.

Presente na sessão, o diretor-geral do Gabinete Nacional de Segurança, contra-almirante António Gameiro Marques, destacou que "o conhecimento é a melhor arma de uma sociedade. Uma sociedade com alto nível de conhecimento é uma sociedade muito mais bem preparada".

António Gameiro Marques, que enumerou todos os temas abordados durante os três dias da conferencia, salientou o "denominador comum": "as competências digitais".

"Precisamos de massificar competências para adquirimos imunidade de grupo, para que possamos usar a tecnologia sem que dela fiquemos reféns. Não podemos deixar que seja a tecnologia a determinar a forma como vivemos porque elas ficam obsoletas", defendeu.

Da educação dos jovens, passando pelos riscos, pela inteligência artificial, o 5G e pelas assimetrias da cibersegurança, o "C-DAYS 2021" terminou com um debate em torno do futuro da cibersegurança.

O coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), Lino Santos, defendeu que são precisos "mais recursos, também humanos, e mais investimento".

"Precisamos de fazer acontecer", disse Lino Santos, considerando que o "grande desafio" ao nível europeu passa por trabalhar de forma colaborativa nos diferentes níveis de atuação.

Também o deputado à Assembleia da República, José Magalhães, considerou ser necessária a discussão em torno da cibersegurança, nomeadamente, "colocando-a na agenda política".

"Precisamos de ter estruturas próprias, precisamos de coordenação, precisamos de investimento, precisamos de ferramentas e não diretrizes e precisamos de modelos", afirmou José Magalhães.

Organizada pelo Centro Nacional de Cibersegurança e pela Presidência do Conselho de Ministros, no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia (UE), a C-DAYS 2021 teve como mote "Naturalizar competências".

Leia Também: PE pede padrões de cibersegurança "mais rigorosos" na UE

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