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Bruxelas também confiante em acordo com Washington sobre aço e alumínio

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse hoje estar confiante que a União Europeia (UE) chegue também a acordo com os Estados Unidos para acabar com tarifas retaliatórias aplicadas às importações de aço e alumínio.

Bruxelas também confiante em acordo com Washington sobre aço e alumínio
Notícias ao Minuto

14:56 - 15/06/21 por Lusa

Mundo UE/EUA

"Precisamos de um algum tempo porque é um assunto complexo demais para resolver num fim de semana e a primeira prioridade principal era acabar com as disputas relativamente à aviação, mas estou confiante de que encontraremos uma solução" sobre a retaliação às importações de aço e alumínio, declarou Ursula von der Leyen.

Falando em conferência de imprensa após a primeira cimeira entre a UE e os Estados Unidos desde 2017, hoje realizada presencialmente em Bruxelas, a responsável acrescentou que os dois blocos estão "em boas conversações para avançar e, o mais depressa possível, ultrapassar este problema".

"Também fomos muito claros que o tema da sobrecapacidade não é uma questão de aço e alumínio europeus porque a nossa exportação para os Estados Unidos caiu, portanto esse é outro tópico", salientou Ursula von der Leyen.

Em meados de maio, a UE e os Estados Unidos iniciaram discussões para acabar com as disputas comerciais no seio da Organização Mundial de Comércio (OMC), tendo o bloco comunitário suspendido temporariamente as tarifas aplicadas às importações de aço por parte dos Estados Unidos.

Estas medidas de salvaguarda entraram em vigor há dois anos, após limitações comerciais norte-americanas aos produtos siderúrgicos europeus.

No início de 2019, os países da UE deram aval à adoção de medidas definitivas para salvaguarda das importações de aço, que entraram em vigor no mês seguinte, visando preservar fluxos comerciais tradicionais perante ameaças feitas pelos Estados Unidos.

Em termos comerciais, Bruxelas e Washington têm a maior relação comercial bilateral do mundo, mas que nos últimos anos, com Donald Trump à frente da administração norte-americana, ficou marcada pela imposição de tarifas retaliatórias, de 25% sobre as importações de aço da UE e de 10% sobre o alumínio.

Com a chegada de Joe Biden, o panorama comercial entre os dois blocos mudou, tendo sido hoje alcançado um acordo para acabar com uma outra disputa, que durava há 17 anos e era a mais antiga da Organização Mundial do Comércio, relacionada com ajudas públicas à aviação.

Ao todo, as tarifas retaliatórias por ajudas à Airbus e à Boeing ascenderam a 10 mil milhões de euros nos últimos dois anos.

"É importante que as nossas equipas tenham trabalhado todos os dias principalmente para resolver a questão da disputa relacionada com a aviação e foram bem-sucedidas nisso", disse Ursula von der Leyen aos jornalistas, esperando que "o mesmo espírito" seja aplicado às divergências sobre os setores do alumínio e aço.

Em causa está a disputa comercial entre Washington e Bruxelas por causa de ajudas públicas à aviação norte-americana (Boeing) e europeia (Airbus), que já dura há vários anos, e no âmbito da qual a OMC já declarou como culpados tanto os Estados Unidos como a UE.

Leia Também: UE/EUA: Tarifas retaliatórias ascenderam os 10 mil milhões em dois anos

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