"O secretário Blinken enfatizou o compromisso dos EUA com a migração desenvolvida através de canais regulares e de uma forma segura, ordeira e humana", disse o porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Ned Price, em comunicado.
O Departamento de Estado recusou-se a desenvolver o contexto da mensagem de Blinken, entregue três semanas após a crise de Ceuta.
No passado mês de maio, a cidade espanhola de Ceuta viveu uma crise migratória que contou com mais de 8.000 imigrantes marroquinos a entrar na cidade a nado, através de embarcações insufláveis ou ainda a trepar pelas cercas fronteiriças.
Este episódio deu-se após as tensões diplomáticas entre Espanha e Marrocos aumentarem devido ao acolhimento e hospitalização do líder da Frente Polisário, Brahim Ghali, que estava infetado com a covid-19.
Ghali viajou para a Argélia depois de testemunhar perante o tribunal especial espanhol Audiência Nacional, acusado de alegados crimes contra a Humanidade, genocídio e tortura, que o próprio afirma não ter cometido e de se tratar de acusações com motivos "absolutamente políticos".
A presença do líder em Espanha enfureceu Marrocos, uma vez que a Frente Polisário combate pela independência do Saara Ocidental, e desencadeou uma crise diplomática entre os dois países que, tudo indica, levou Rabat a provocar a chegada de milhares de migrantes ilegais - muitos deles crianças não acompanhadas - ao enclave espanhol no norte de África, que faz fronteira com Marrocos.
O Governo de Espanha deportou milhares de migrantes, com a mobilização das forças armadas e policiais para controlar as ruas de Ceuta.
Esta crise migratória ainda resultou em vários casos de hipotermia, com alguns cidadãos marroquinos a morrer ao tentarem passar as fronteiras.
Ceuta e Melilla são as únicas fronteiras terrestres da União Europeia com África.
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