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Presidente do Governo tibetano no exílio aberto a dialogar com a China

O novo responsável pelo Governo tibetano no exílio disse hoje que está disposto a entrar em contacto com o Governo chinês, visando resolver os diferendos entre ambos, depois de 10 anos sem dialogar.

Presidente do Governo tibetano no exílio aberto a dialogar com a China
Notícias ao Minuto

11:00 - 27/05/21 por Lusa

Mundo Tibete

Penpa Tsering, o ex-presidente do parlamento do Tibete no exílio, foi empossado como presidente, numa cerimónia em Dharmsala, a cidade do norte da Índia onde o líder espiritual budista Dalai Lama vive desde que fugiu para o Tibete, após uma rebelião fracassada contra o domínio chinês, em 1959.

Dalai Lama participou virtualmente na cerimónia a partir da sua residência.

A China nega restringir a religião no Tibete e diz que a região dos Himalaias é território chinês desde meados do século XIII.

Muitos tibetanos defendem que foram efetivamente independentes durante a maior parte da sua História e que o Governo chinês quer explorar a região rica em recursos enquanto destrói a sua identidade cultural.

A China não reconhece o Governo tibetano no exílio e não mantém nenhum diálogo com representantes do Dalai Lama desde 2010. A Índia considera o Tibete como parte da China, embora receba exilados tibetanos.

Penpa Tsering disse que um documento sobre a região, publicado pelo Conselho de Estado chinês, em 21 de maio, não contém novidades sobre o Tibete.

"Tudo o que posso dizer é que estamos abertos a enviar pessoas para verificar os factos que alegaram", referiu.

"Dempre fomos muito consistentes na nossa posição de que estamos dispostos a entrar em contacto com o Governo chinês para resolver o conflito sino-tibetano", argumentou.

Pequim acusa Dalai Lama de tentar separar o Tibete da China, o que ele nega.

Penpa Tsering apoia a posição de Dalai Lama.

Alguns grupos tibetanos defendem a independência do Tibete, já que pouco progresso foi feito nas negociações com a China.

A eleição realizada em duas fases, em janeiro e abril, foi a terceira eleição direta da liderança tibetana no exílio, desde que Dalai Lama se retirou de qualquer papel político, em 2011.

Os quase 64.000 tibetanos que vivem exilados na Índia, Nepal, América do Norte, Europa, Austrália e outros lugares votaram.

Penpa Tsering, 53 anos, foi eleito para o parlamento, em 1996, e tornou-se o seu presidente em 2008, sucedendo a Lobsang Sangay, que completou o seu segundo mandato de cinco anos.

As 45 pessoas eleitas para o parlamento no exílio representam províncias tradicionais do Tibete, círculos eleitorais religiosos e comunidades tibetanas no exterior.

Leia Também: Penpa Tsering eleito presidente do governo tibetano no exílio

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