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Boris Johnson contribuiu para imagem de partido "insensível" a muçulmanos

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, ajudou a criar a impressão de que o seu Partido Conservador é "insensível" aos muçulmanos com uma crónica de jornal comparando mulheres com véus a "caixas de correio", concluiu um inquérito interno.

Boris Johnson contribuiu para imagem de partido "insensível" a muçulmanos
Notícias ao Minuto

13:11 - 25/05/21 por Lusa

Mundo Inquérito

"O sentimento anti-muçulmano continua a ser um problema" dentro do Partido Conservador a nível local e individual, refere o relatório, que resultou de um inquérito aberto em 2019. 

"Embora a liderança do partido reivindique uma 'abordagem de tolerância zero' com todas as formas de discriminação, as nossas conclusões mostram que comportamentos discriminatórios ocorrem, especialmente em relação a pessoas de fé islâmica", afirmam os autores, liderados por Srawan Singh, um académico e ex-membro da comissão de igualdade britânica. 

Porém, também entendem não haver provas de que o partido seja institucionalmente racista ou não leve as queixas a sério, nem que "discrimine sistematicamente qualquer grupo em particular".

Boris Johnson tem uma longa história de fazer comentários provocatórios e ofensivos, numa carreira que misturou política e jornalismo. 

Chamou canibais aos naturais da Papua Nova Guiné, alegou que Barack Obama era "parcialmente queniano" e tinha uma antipatia ancestral pelo Reino Unido e, numa crónica de jornal em 2018, comparou mulheres muçulmanas que usam 'burqas', os véus que cobrem o rosto, a "caixas de correio" e "ladrões de bancos".

A comissão responsável pela investigação ilibou Johnson de violar o código de conduta do partido, mas disse que os líderes conservadores "deveriam dar um bom exemplo em termos de comportamentos e linguagem adequados".

Johnson já se tinha desculpado por qualquer ofensa cometida, mas não por escrever os comentários, os quais descartou como piadas ou linguagem direta, e acusou jornalistas de distorcer as suas palavras.

Ele disse à comissão que não usaria "parte da linguagem ofensiva" dos seus artigos anteriores agora que é primeiro-ministro.

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