França exige cessar-fogo e Itália critica uso da força por Israel
Os presidentes francês e egípcio salientaram hoje a "necessidade absoluta" de se pôr fim às hostilidades no Médio Oriente, manifestaram "preocupação" face à escalada da violência e lamentaram as "numerosas" vítimas civis no conflito israelo-palestiniano.
© Reuters
Mundo Médio Oriente
Num comunicado da Presidência francesa é indicado que Emmanuel Macron e Abdel Fattah al-Sissi reuniram-se para analisar a situação entre Israel e o grupo islâmico xiita Hamas, que governa de facto na Faixa de Gaza, e que ambos concordaram em continuar os esforços, coordenados, para favorecer rapidamente um acordo de cessar-fogo e evitar que o conflito se prolongue no tempo.
No encontro, realizado no Eliseu, sede da Presidência francesa, Macron saudou e apoiou os esforços de mediação egípcios na atual escalada de violência.
As hostilidades foram igualmente abordadas em Roma, e num comunicado, o chefe da diplomacia italiana, Luigi Di Maio, condenou Israel pela "resposta desproporcional" aos ataques do Hamas, expressou "forte preocupação" pela escalada dos confrontos e apelou ao fim "imediato" do conflito.
"Condeno ao mesmo tempo os ataques com foguetes a partir de Gaza e peço a Israel uma resposta proporcional", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, exigindo também às duas partes que "aprovem imediatamente medidas de redução da escalada e mostrem responsabilidade".
O comunicado foi divulgado no final de um encontro que Di Maio manteve com o homólogo do Irão, Mohammad Javad Zarif, que se encontra em Roma para conversações com o chefe da diplomacia italiana para abordar, também, as negociações que decorrem em Viena sobre o acordo nuclear iraniano, em que Itália não participa.
A este propósito, Di Maio sublinhou unicamente que um acordo "representará um pilar para a não-proliferação nuclear e para a estabilidade regional".
"O ministro Di Maio centrou também a atenção sobre a situação dos Direitos Humanos no Irão, lembrando a tradicional posição italiana em favor dos Direitos Humanos e de uma moratória sobre a pena de morte", acrescenta-se no comunicado.
De manhã, Zarif foi recebido no Vaticano pelo Papa Francisco, não tendo ainda sido divulgado qualquer comunicado oficial sobre o encontro.
A nova escalada no conflito israelo-palestiniano, que começou há precisamente uma semana, já provocou, na Faixa de Gaza, a morte a cerca de 200 palestinianos, incluindo 59 menores e 39 mulheres, bem como mais de 1.300 feridos.
Do lado israelita foram contabilizadas 10 mortes, entre elas a de dois menores, numa altura em que continuam os ataques de ambas as partes sem que vislumbre um sinal de tréguas.
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