"A chanceler condenou de novo energicamente os ataques contínuos com 'rockets' desde Gaza até Israel e expressou ao primeiro-ministro a solidariedade do Governo. Reiterou o direito de Israel atuar em autodefesa contra os ataques", precisou em comunicado Steffen Seibert, porta-voz do Executivo alemão.
Numa referência aos "muitos civis que perderam a vida nos dois lados", Merkel "manifestou a sua esperança do fim dos confrontos para breve".
"Em paralelo, a chanceler sublinhou que o Governo continuará a proceder de forma decidida contra os protestos na Alemanha que propagam ódio e antissemitismo".
Armin Laschet, o candidato conservador a chefe do Governo federal e chefe do executivo regional da Renânia do Norte-Vestefália, qualificou de "inaceitáveis" os incidentes registados este fim de semana na Alemanha, com ataques a sinagogas, queima de bandeiras israelitas e protestos "não contra a política de um Estado, mas contra as pessoas de outra religião" e que instigam ao ódio.
"Condenamos energicamente a perseguição antissemita nas ruas da Alemanha. Temos de chamar o antissemitismo na Alemanha claramente pelo seu nome, não importa quem o exerça, seja antissemitismo de esquerdas, antissemitismo de direitas, ou antissemitismo importado", disse.
A nova escalada no conflito israelo-palestiniano, que começou há precisamente uma semana, já provocou, na Faixa de Gaza, a morte a cerca de 200 palestinianos, incluindo 59 menores e 39 mulheres, bem como mais de 1.300 feridos.
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