Exército do Chade anuncia morte de centenas de rebeldes
O Exército do Chade anunciou hoje ter matado centenas de rebeldes em dois dias de combates na região ocidental, afirmando ter terminado o ataque e perdido seis soldados.
© Getty Images
Mundo Chade
"As Forças de Defesa e Segurança acabaram de lidar com o bando de rebeldes que fez uma incursão em direção a Nokou, no norte de Kanem, em 29 de abril", disse o porta-voz do Exército, general Azem Bermandoa Agouna, numa declaração.
"Do lado inimigo, várias centenas de rebeldes foram neutralizados e 66 foram feitos prisioneiros", acrescentou.
Os militares chadianos usam o termo militar "neutralizado" para "morto".
Nokou fica cerca de 200 quilómetros a norte da capital Ndjamena.
Os combates prosseguem desde meados de abril entre o Exército e o grupo rebelde Frente para a Alternância e a Concórdia(FACT), liderada por Mahamat Mahadi Ali, na região de Kanem, ao longo da fronteira com o Níger.
A ofensiva foi lançada em 11 de abril, dia das eleições presidenciais que o Presidente Idriss Déby Itno, no poder há 30 anos, venceu com quase 80% dos votos.
O chefe de Estado foi morto, segundo o Exército, há 12 dias, quando liderava os combates contra o FACT em Kanem.
No dia seguinte, o seu filho, o jovem general Mahamat Déby Itno, tomou o poder à frente de uma junta de 15 generais, e jurou aniquilar o FACT.
Entretanto, um opositor do falecido Presidente chadiano, que estava em fuga desde que tentou concorrer contra Déby nas eleições presidenciais de 11 de abril, reapareceu publicamente hoje, apelando à junta militar no poder para um diálogo "inclusivo".
Yaya Dillo Djerou escapou a uma violenta tentativa de prisão na sua casa em Ndjamena no final de fevereiro, que deixou pelo menos duas pessoas mortas, incluindo a sua mãe.
O ataque a um candidato presidencial declarado levou à retirada de outros líderes da oposição.
"Precisamos de todos os filhos do Chade (...) para que o nosso país viva num processo verdadeiramente democrático", disse Dillo numa conferência de imprensa na capital, reaparecendo publicamente pela primeira vez desde a sua fuga.
Apelou à junta militar para um diálogo "verdadeiramente inclusivo", em sintonia com a oposição, que denuncia um "golpe institucional" e uma "sucessão dinástica" na sequência da morte do chefe de Estado.
A comunidade internacional apela também para o diálogo com o Conselho de Transição Militar de 15 generais liderado por Mahamat Déby, que prometeu uma "transição democrática" dentro de 18 meses após "eleições livres".
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