UE apela à Geórgia para "trabalhar duro" nas reformas
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, apelou hoje ao Governo da Geórgia e à oposição para "trabalharem duro" e promoverem reformas neste país do Cáucaso, após um acordo destinado a terminar com seis meses de crise política.
© Alexandros Michailidis/SOOC/Bloomberg via Getty Images
Mundo Charles Michel
O acordo, assinado na segunda-feira pelo partido no poder e a oposição, foi mediado pela União Europeia (UE).
Os representantes de todos os partidos políticos assinaram este acordo apesar de o Movimento Nacional Unido (MNU), a principal força da oposição, ter precisado que apenas o aplicará após a libertação do seu líder Nika Melia, atualmente detido, e como prevê o texto.
A Geórgia atravessou um período de turbulências políticas após as legislativas de 20 de outubro, que o partido no poder Sonho Georgiano venceu por curta margem, mas com a oposição a denunciar fraude eleitoral.
Num sinal do agravamento das tensões, a polícia tomou de assalto em finais de fevereiro as sedes do MNU, fundado pelo ex-Presidente no exílio Mikheil Saakachvili, e deteve o seu atual dirigente, Nika Melia.
"A crise política terminou", assegurou hoje Charles Michel a partir de Tbilissi, mas sublinhou que "deve ser mantido um compromisso político construtivo".
"O dia de hoje assinala um novo começo e o início de um trabalho que permitirá à Geórgia avançar no seu caminho euro-atlântico", considerou numa declaração transmitida pela televisão, e quando os dirigentes desta ex-república soviética pugnam há anos pela adesão à NATO e UE.
Estas aspirações contam com a reprovação de Moscovo, que as considera uma ameaça à sua tradicional influência na região.
A UE propôs-se mediar as negociações entre o partido no poder e a oposição georgiana.
As duas primeiras tentativas para alcançar um acordo fracassaram em março.
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