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Turquia apela à UE e NATO para acelerarem aproximação à Bósnia

O ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Ahmet Davutoglu, apelou hoje à União Europeia (UE) e NATO para acelerarem a sua aproximação à Bósnia-Herzegovina, agitada por uma semana de revolta popular contra a pobreza e a corrupção.

Turquia apela à UE e NATO para acelerarem aproximação à Bósnia
Notícias ao Minuto

17:45 - 12/02/14 por Lusa

Mundo Ahmet Davutoglu

"É de importância crucial eliminar os obstáculos e abrir a porta a uma aproximação acelerada da Bósnia à UE e NATO", declarou Davutoglu durante uma conferência de imprensa em Sarajevo.

"A história demonstra que quando hesitamos e esperamos para encontrar as soluções, quando a ajuda não chega mais cedo, a fatura é no final muito mais grave", referiu após um encontro com o seu homólogo bósnio, Zlatko Lagumdzija.

"É essencial que não existam mais atrasos, é preciso começar imediatamente", sublinhou o ministro, que representa um país com importantes laços históricos na região dos Balcãs, para além dos recentes e significativos investimentos nesta região.

O chefe da diplomacia turca vai reunir-se ainda hoje com os membros muçulmano, sérvio e croata da presidência colegial e com o Alto representante da comunidade internacional, o austríaco Valentin Inzko.

A população da Bósnia, em particular nas regiões de maioria muçulmana e que integram a federação bósnia -- uma das entidades do país a par da República Srpska (RS) --, manifesta-se há uma semana contra a pobreza, o desemprego e os dirigentes políticos locais, acusados de incompetência e corrupção.

Na sexta-feira, as sedes de diversas administrações regionais foram saqueadas e incendiadas, numa vaga de protestos sem precedentes desde o fim da guerra civil interétnica nesta ex-república jugoslava (1992-1995) que provocou 100.000 mortos e 2,5 milhões de refugiados e deslocados.

Ainda na sexta-feira, o edifício presidencial foi parcialmente incendiado num país com 3,8 milhões de habitantes, onde o desemprego afeta cerca de 44% da população ativa e o salário médio ronda os 400 euros.

As complexas instituições impostas pelos acordos de paz de Dayton (novembro de 1995), onde os níveis de poder são partilhados entre os representantes das três principais comunidades do país (muçulmana, sérvia e croata), também contribuíram para um desastroso e pouco transparente programa de reformas económicas e privatizações compulsivas, que implicou o encerramento de dezenas de empresas.

A Bósnia foi reconhecida em 2003 como candidato potencial à adesão à UE e em 2008 assinou um acordo de estabilização e associação, aceitando as condições para a integração.

Em janeiro de 2008 entrou em vigor um acordo de readmissão e simplificação dos processos de emissão de vistos, e que permitiram aos cidadãos da Bósnia-Herzegovina deslocaram-se mais facilmente para o espaço da União. Em fevereiro foi ainda adotada uma parceria europeia, que enumera diversos domínios de ação prioritários e define novas prioridades, mas que registaram poucos progressos.

A UE permanece no país com uma força militar (operação Eufor Althea) iniciada em 2004 no âmbito da política externa e de segurança e da política europeia de segurança e defesa.

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