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Keiko Fujimori avança para a segunda posição nas presidenciais peruanas

A candidata de direita Keiko Fujimori avançou até ao segundo lugar nas eleições presidenciais peruanas, ao obter 13.09% dos votos no domingo, atrás do candidato da esquerda radical Pedro Castillo, que garantiu 17,49% quando estão contados 73,18% dos sufrágios.

Keiko Fujimori avança para a segunda posição nas presidenciais peruanas
Notícias ao Minuto

20:17 - 12/04/21 por Lusa

Mundo Pero

A progressão dos resultados oficiais confirmou a tendência do aumento da votação em Fujimori, como tinham adiantado as projeções não oficiais, que já no domingo asseguravam que disputaria a segunda volta das presidenciais com Castillo.

O economista Hernando de Soto recuou para a terceira posição, com 12,77% dos votos, enquanto o empresário ultradireitista Rafael López obtém 12,46% das preferências dos eleitores.

Em número de votos, Castillo obteve até ao momento 1.901.163 votos, Fujimori 1.423.286, De Soto 1.387.492 e López 1.354.716.

Atrás destes candidatos, e praticamente sem possibilidade de constituírem uma surpresa, surgem Yonhy Lescano (centro-esquerda) com 8,9% dos votos, Verónika Mendoza (esquerda), com 7,87%, o empresário César Acuña (5,87%) e o ex-dirigente municipal George Forsyth, com 5,79%.

Desta forma, Castillo confirma-se como a grande surpresa das eleições peruanas, enquanto Fujimori surge em boa posição para disputar, pela terceira vez, a cadeira presidencial.

A líder do partido Força Popular e filha do ex-Presidente Alberto Fujimori (1990-2000), 82 anos e na prisão, perdeu a segunda volta das presidenciais de 2011 face a Ollanta Humala e as de 2016 frente ao economista Pedro Pablo Kuczynski.

Castillo é professor e líder de uma fação radical do Sindicato dos professores, enquanto Fujimori se reconhece na direita autoritária que resgata a herança do seu pai, que cumpre 25 anos de prisão por crimes de lesa humanidade e corrupção.

No total, 18 candidatos disputam a eleição presidencial, não tendo surgido qualquer favorito durante a campanha.

A segunda volta, em que participarão os dois candidatos mais votados, decorrerá a 06 de junho.

Os resultados oficiais, anunciados pelo Júri Eleitoral Nacional (JNE) depois do apuramento de todos os votos e de esgotados os recursos possíveis, só "serão conhecidos na primeira semana de maio", indicou o presidente da instituição, Jorge Luis Salas.

A votação decorreu numa altura em que o Peru viveu a semana mais mortífera dos 13 meses da pandemia de covid-19, com um recorde de 384 mortes no sábado, o dobro da média das últimas dez semanas.

O voto é obrigatório no Peru sob pena de multa e muitos peruanos foram às urnas com relutância, preocupados com os números alarmantes da pandemia que já custou mais de 54.000 vidas entre os cerca de 33 milhões de habitantes.

Além do Presidente, os 25 milhões de eleitores peruanos foram também chamados para eleger os 130 deputados do Parlamento, que está na origem de várias crises institucionais nos últimos anos.

A pandemia atingiu duramente o Peru, cujo sistema de saúde sofre com a falta de investimento. Durante a campanha, seis candidatos presidenciais ficaram infetados com o novo coronavírus.

As propostas de adiamento das eleições não receberam apoio.

Depois de crescer por muito tempo acima da média latino-americana, a economia peruana contraiu 11,12% em 2020, o pior número em três décadas.

Quatro milhões de peruanos perderam o emprego devido à pandemia e cinco milhões foram reduzidos à pobreza, na qual vive agora um terço da população.

Leia Também: Peruanos escolhem novo Presidente nas eleições gerais de domingo

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