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Dois alegados espiões chineses acusados em Taiwan

Dois alegados espiões chineses foram hoje formalmente acusados pela Justiça taiwanesa por branqueamento de capitais, enquanto prosseguem investigações às suas alegadas atividades subversivas a favor a República Popular da China (RPC) em Taiwan e Hong Kong.

Dois alegados espiões chineses acusados em Taiwan
Notícias ao Minuto

07:28 - 09/04/21 por Lusa

Mundo China

Xiang Xin, que se apresentava como presidente de uma empresa, China Innovation Investment Ltd., e a sua mulher, Kung Ching, membro da administração da mesma sociedade, estiveram ligados a diversas entidades estatais chinesas, de acordo com a acusação do Gabinete do Procurador do Distrito de Taipé.

O casal foi denunciado por Wang William Liqiang, um autointitulado espião chinês que pediu asilo na Austrália.

Wang, que trabalhou na empresa de Xiang, afirmou que esta era uma fachada dos serviços de informações da RPC que tinha como objetivo atingir movimentos em Hong Kong e influenciar eleições em Taiwan.

Segundo a acusação, citada pela agência CNA, Xiang trabalhou para a Comissão para a Ciência, Tecnologia e Indústria de Defesa Nacional da RPC, antes de se assumir como empresário e de obter um passaporte de Hong Kong, em 1993, juntamente com a sua mulher, que também esteve ligada à mesma entidade estatal.

Xiang viria a receber, em 2016, 7,71 milhões de dólares (6,5 milhões de euros) de uma empresa de gestão de investimentos baseada na cidade chinesa de Xangai, a Guotai Investment Holding (Group) Co. Ltd., a título da venda da maioria do capital de duas empresas que detinha.

A Guotai esteve ligada a investimentos fraudulentos e o seu fundador foi mais tarde condenado a prisão perpétua, segundo a mesma fonte, e durante a investigação Xiang foi interrogado em Hong Kong pelas autoridades chinesas. 

Dez dias depois de interrogados, Xiang e Kung viajaram para Taiwan, para onde transferiram quantias milionárias e onde compraram um apartamento de luxo e diversas propriedades, pelo que a acusação refere que movimentaram somas que tinham conhecimento ter origem fraudulento, com a finalidade de as colocar a salvo.

O casal está impedido de sair do país desde a sua detenção, há mais de um ano, e a acusação faz cair o prazo de 12 de abril a partir do qual poderiam voltar a sair.

Entretanto, de acordo com o Gabinete do Procurador do Distrito de Taipé, ambos continuam sob investigação por violação da Lei de Segurança Nacional de Taiwan.

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