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Arábia Saudita propõe cessar-fogo aos Huthis, mas rebeldes recusam

A Arábia Saudita propôs hoje um cessar-fogo "global" para acabar com o conflito devastador no Iémen que opõe há mais de seis anos os rebeldes Huthis, apoiados pelo Irão, às forças governamentais, ajudadas por uma coligação dirigida por Riade.

Arábia Saudita propõe cessar-fogo aos Huthis, mas rebeldes recusam
Notícias ao Minuto

16:34 - 22/03/21 por Lusa

Mundo Iémen

Os rebeldes xiitas já rejeitaram a proposta, considerando não ter "nada de novo".

O reino, que intervém militarmente no Iémen desde 2015, fez várias propostas, incluindo "um cessar-fogo global em todo o país sob a supervisão das Nações Unidas", anunciou o governo saudita num comunicado.

Riade propôs ainda reabrir o aeroporto de Sanaa, a capital iemenita ocupada pelos rebeldes e relançar as negociações políticas entre o governo do Iémen reconhecido internacionalmente e os Huthis, adianta.

Os rebeldes tinham indicado recentemente que a abertura de todo o espaço aéreo e marítimo do Iémen, sob controlo saudita, era uma condição para qualquer processo de diálogo.

"Queremos que as armas se calem completamente", declarou à imprensa o ministro dos Negócios Estrangeiros saudita, o príncipe Fayçal ben Farhane, durante uma conferência em Riade.

"A iniciativa entrará em vigor assim que os Huthis a aceitarem", adiantou.

Segundo o canal televisivo dos Huthis, Al-Massirah, um porta-voz dos rebeldes, Mohammed Abdelsalam, já rejeitou a proposta dos sauditas.

"A Arábia Saudita deve anunciar o fim da agressão e levantar completamente o bloqueio (ao Iémen), porque apresentar ideias discutidas há mais de um ano não é nada de novo", disse Abdelsalam.

Em abril de 2020, a coligação militar dirigida pela Arábia Saudita anunciou um cessar-fogo temporário no Iémen para impedir a propagação do coronavírus, mas os rebeldes rejeitaram a iniciativa, qualificando-a de manobra política.

A última proposta de Riade acontece num contexto de recrudescimento dos ataques dos Huthis, com aviões não tripulados ('drones') e mísseis, contra o reino, nomeadamente as suas instalações energéticas.

Os Huthis realizam atualmente uma ofensiva para tomarem Marib, o último bastião do governo no norte do país, praticamente todo nas mãos dos rebeldes.

A guerra do Iémen já causou dezenas de milhares de mortos e milhões de deslocados, provocando a maior crise humanitário do mundo, segundo a ONU.

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