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Líbano está a ficar sem tempo e à beira do colapso total, diz MNE francês

O chefe da diplomacia francesa alertou hoje que o Líbano "está a ficar sem tempo" e "à beira de um colapso total", exortando os líderes das diferentes alas políticas a um consenso para a formação de um novo Governo.

Líbano está a ficar sem tempo e à beira do colapso total, diz MNE francês
Notícias ao Minuto

16:54 - 11/03/21 por Lusa

Mundo França

Numa conferência de imprensa, o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Yves Le Drian, referiu que o consenso é "crucial" para salvar o país de um desastre económico e financeiro.

Para Le Drian, o colapso afetará não só o povo libanês, como também centenas de milhar de refugiados sírios e palestinianos no país, bem como toda a região.

O chefe da diplomacia gaulesa falava aos jornalistas em Paris, meses depois de o Presidente francês, Emmanuel Macron, ter apresentado um calendário para pôr cobro do impasse político no Líbano, nomeadamente na questão relacionada com a formação de um novo executivo, 

O Governo do ex-primeiro-ministro libanês Hassan Diab apresentou a demissão dias depois da potente explosão de 2.750 toneladas de nitrato de amónio que, a 04 de agosto de 2020, assolou o porto de Beirute, provocando cerca de 200 mortes, ferimentos em 6.500 pessoas e que arrasou vários bairros da capital.

Ainda se desconhecem as razões que levaram à ignição dos químicos, que se encontravam armazenados ilegal e inapropriadamente.

Macron já se deslocou por duas vezes a Beirute para pressionar os políticos locais para a formação de um executivo independente, para que possam ser impostas as reformas urgentes para fazer sair o Líbano da crise financeira, agravada com a explosão de agosto.

Os esforços do chefe do executivo francês não resultaram, uma vez que, considera a agência noticiosa Associated Press (AP), os "famosos políticos corruptos libaneses" continuam a discutir sobre a forma e a composição de um novo Governo, enquanto o país está atolado na pior crise económica da sua história moderna, exacerbada ainda mais pelas restrições pandémicas associadas à covid-19.

"[Apesar das promessas feitas em 2020], passaram-se sete meses e nada foi feito. Ainda não é demasiado tarde, mas está-se a ficar sem tempo e à beira do colapso total", disse hoje Le Drian.

O chefe da diplomacia advertiu para o facto de que se o Líbano colapsar, será "um desastre" para todo o povo libanês, esteja onde estiver.

"Mas também será um desastre para os refugiados palestinianos e sírios, para toda uma região", insistiu.

"Ainda há tempo para agir, ma tem de se agir rapidamente porque amanhã será tarde demais", advertiu Le Drian, que falava aos jornalistas ladeado pelos homólogos do Egito e da Jordânia, que também apelaram para a formação urgente de um novo Governo no Líbano.

Leia Também: ONU prolonga investigação a homicídio de primeiro-ministro libanês

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