A Fatah acusou Nasser Quidwa, sobrinho do líder histórico Yasser Arafat (1929-2004) e abertamente crítico, de "minar a unidade do partido" tendo na terça-feira dado um limite de 48 "ao dissidente" para se retratar das decisões sobre as eleições.
Por outro lado, Mohamad Dahlan, principal rival de Abbas, e líder de uma corrente reformista da Fatah e exilado nos Emirados Árabes Unidos criticou hoje o Presidente palestiniano.
"O movimento Fatah não conheceu ao longo de uma larga História, tamanho grau de tirania, exclusividade e desvio da tradicional diversidade que contenha ideias e opções", escreveu Dahlan na página que mantém na rede social Facebook.
Quidwa, com um longo percurso político, foi ministro dos Negócios Estrangeiros, representante da Palestina nas Nações Unidas e foi até ao momento membro do Comité Central do partido.
Dahlan acusou Abbas - que controla a Fatah, a Autoridade Palestiniana e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) - de se ter transformado numa "ameaça real para o povo" e num "perigo eminente para a Fatah".
Os palestinianos de Jerusalém Oriental, Cisjordânia e Gaza foram convocados pela primeira vez a votarem, nos últimos 15 anos.
As legislativas estão previstas para o dia 22 de maio e as presidenciais para o 31 de julho.
Os partidos palestinianos têm até ao fim do mês de março para apresentarem listas eleitorais.