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Bolsonaro vai à Argentina este mês e e terá conversa com Fernández

O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, irá à Argentina em 26 de março, no âmbito da celebração dos 30 anos do Mercosul, e afirmou na quinta-feira que terá uma "conversa reservada" com o seu homólogo argentino, Alberto Fernández.

Bolsonaro vai à Argentina este mês e e terá conversa com Fernández
Notícias ao Minuto

01:49 - 05/03/21 por Lusa

Mundo Bolsonaro

"Vou estar agora, está previsto dia 26 de março, em Buenos Aires, a nossa querida Argentina. Estaremos lá celebrando 30 anos da criação do Mercosul", disse Bolsonaro, na sua transmissão em vídeo semanal na rede social Facebook, referindo-se ao bloco sul-americano composto pelo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.

"Será a primeira vez que vamos conversar com o Presidente da Argentina, logicamente [caso] ele queira e eu quero. [Teremos] uma conversa reservada num canto e publicamente vamos tratar das questões económicas dos nossos países", acrescentou o chefe de Estado, que já criticou abertamente Fernández e o seu Governo de esquerda.

Durante as eleições argentinas, em 2019, Bolsonaro declarou o seu apoio à reeleição do então Presidente, Maurício Macri, adversário de Fernández.

Posteriormente, o Presidente do Brasil, líder de uma extrema-direita emergente, criticou o atual executivo de Fernández e, em outubro, chegou a dizer que os argentinos "merecem" o Governo que elegeram.

Agora, num tom mais conciliador do que o habitual, Bolsonaro expressou o apoio do Brasil às negociações da Argentina com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

"A covid-19 causou dificuldades económicas em todo o mundo, e nós torcemos para que a Argentina tenha sucesso nas suas negociações com o FMI. A situação financeira da Argentina está bastante complicada. O êxito económico de países aqui na América do Sul, entre eles a Argentina, é interessante para todos nós da América do Sul, o Brasil obviamente é um dos grandes interessados", sublinhou o Presidente.

Jair Bolsonaro explicou ainda que um dos temas que pretende abordar com o seu homólogo é a construção de um gasoduto para transportar para o Brasil gás do campo argentino de Vaca Muerta, uma das maiores reservas do mundo.

Na sua transmissão de quinta-feira no Facebook, Bolsonaro confirmou também que enviará, no sábado, uma delegação de dez pessoas a Israel, chefiada pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, para negociar uma possível parceria para testar um spray nasal contra a covid-19, que está a ser desenvolvido em Tel Aviv.

Em Israel, o ministro das Relações Exteriores visitará o Centro Médico Ichilov para conhecer o spray EXO-CD24 e, posteriormente, terá um encontro com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, detalhou o chefe de Estado.

Bolsonaro, que, desde o início da pandemia, promove o uso de medicamentos sem comprovação científica contra o novo coronavírus, como a cloroquina, tem apostado neste inalador nasal para combater a doença.

O Presidente aproveitou a sua transmissão para milhares de pessoas para voltar a criticar as medidas de isolamento social decretadas por governadores e prefeitos, naquele que é o pior momento da pandemia no país sul-americano.

"Eu lamento qualquer morte, mas parece que só morre gente de covid-19 no Brasil. Outras pessoas estão morrendo por outras doenças porque ficam em casa com medo, com pavor. O vírus do pavor foi inoculado nessas pessoas", afirmou Bolsonaro.

O Brasil atravessa um dos seus piores momentos desde a chegada da pandemia ao país, há pouco mais de um ano, e totaliza 260.970 vítimas mortais e 10.793.732 infeções.

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