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Jornalistas bielorrussas condenadas a dois anos de prisão

Duas jornalistas bielorrussas foram condenadas a dois anos de prisão por terem participado, com o seu trabalho de cobertura jornalística, no movimento de protesto de 2020 na Bielorrússia, informou o canal Belsat.

Jornalistas bielorrussas condenadas a dois anos de prisão
Notícias ao Minuto

08:34 - 18/02/21 por Lusa

Mundo Jornalistas

Daria Tchoultsova e Katerina Bakhvalova, correspondentes deste canal da oposição com base na Polónia, foram presas pela tropa de choque em 15 de novembro, num apartamento de onde tinham filmado a violenta dispersão de uma manifestação em homenagem a um ativista da oposição morto alguns dias antes.

As duas repórteres, de 23 e 27 anos, estavam acusadas de "organização e preparação de ações que constituem um grave atentado à ordem pública".

"Eu mostrei os acontecimentos e fui presa por isso. Forjaram acusações", disse Katerina Bakhvalova na noite de quarta-feira, nas últimas declarações antes de o tribunal se reunir para decidir.

A procuradoria tinha acusado as duas repórteres de terem incitado, com as suas reportagens, a população a manifestar-se ilegalmente, o que "minou gravemente a ordem pública".

As duas jornalistas, de 23 e 27 anos, declararam-se inocentes, considerando-se vítimas da repressão que atingiu o vasto movimento de protesto que eclodiu após a reeleição de Alexander Lukashenko, em agosto de 2020, uma votação contra a qual surgiram acusações de fraude maciça.

O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, enfrenta protestos sem precedentes há meses. As autoridades reprimiram o movimento, silenciando-o em grande parte com detenções, também marcadas pela violência policial.

Todas as figuras da oposição estão presas ou no exílio e milhares de manifestantes foram presos.

Muitos meios de comunicação também sofreram repressão.

Na terça-feira, o governo bielorrusso realizou novas buscas que visaram cerca de 20 jornalistas, ativistas de associações e dirigentes sindicais, como parte de uma investigação sobre o movimento de protesto de 2020.

Apoiado por Moscovo, Lukashenko recusou deixar o poder e prometeu apenas reformas constitucionais vagas, numa tentativa de acalmar o protesto.

Leia Também: Bielorrússia: Julgamento de opositor do Presidente começou hoje em Minsk

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