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Turquia convoca embaixador dos EUA em protesto contra reação a execuções

A Turquia convocou hoje o embaixador norte-americano em Ancara para protestar contra a reação dos EUA à execução de 13 turcos no Iraque por rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), considerada muito suave.

Turquia convoca embaixador dos EUA em protesto contra reação a execuções
Notícias ao Minuto

15:12 - 15/02/21 por Lusa

Mundo Turquia

"O embaixador dos Estados Unidos (David) Satterfield foi convocado hoje e a nossa reação aos Estados Unidos foi notificada nos termos mais fortes", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Turquia.

Horas antes, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, acusara os Estados Unidos de apoiarem "terroristas", pela forma como reagiram à morte dos 13 turcos no Iraque à mão do PKK, considerando que as declarações foram muito suaves.

O Departamento de Estado norte-americano disse no domingo que "lamentava" as mortes.

"Se a informação sobre a morte de civis turcos nas mãos do PKK, organização classificada como terrorista, for confirmada, condenamos essas ações nos mais veementes termos", acrescentou o Departamento de Estado.

As declarações de Erdogan rejeitando a condenação norte-americana refletem a desconfiança de Ancara em Washington em relação à sua política em relação aos rebeldes curdos.

"As declarações dos Estados Unidos são deploráveis. Dizem que não apoiam os terroristas, mas na verdade, (os norte-americanos) estão do lado deles", disse Erdogan durante um discurso.

A Turquia acusou, no domingo, o PKK de executar 13 dos seus cidadãos, a maioria membros das forças de segurança, que mantiveram cativos no norte do Iraque por vários anos.

De acordo com o ministro da Defesa turco, Hulusi Akar, soldados turcos descobriram 13 corpos sem vida numa caverna na região de Gara, no norte do Iraque, onde Ancara realiza uma operação desde quarta-feira contra o PKK, grupo qualificado como "terrorista" por Ancara, e os seus aliados ocidentais.

O PKK admitiu, no domingo, a morte de um grupo de prisioneiros, mas refutou a versão de Ancara, alegando que estes foram mortos em ataques aéreos turcos.

A Turquia realiza regularmente ataques nas áreas montanhosas do norte do Iraque contra as bases de retaguarda do PKK, que desde 1984 realiza uma guerrilha em solo turco que deixou mais de 40.000 mortos.

Essas operações aumentam as tensões com o Governo iraquiano, mas o Presidente Erdogan repete continuamente que o seu país pretende "lidar" com o PKK no norte do Iraque se Bagdade "não estiver em posição de fazê-lo".

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