Iémen. Governo disposto a trabalhar com Biden para acabar com a guerra
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Iémen disse na quinta-feira que o seu governo trabalhará com a administração norte-americana de Joe Biden para acabar com a guerra no país mais pobre do mundo árabe.
© Getty Images
Mundo Iémen
Ahmed Awad bin Mubarak insistiu, no entanto, que os rebeldes Huthis e os seus apoiantes iranianos continuam a ser o principal obstáculo para a paz, numa aparente defesa do envolvimento militar saudita no Iémen.
Na quinta-feira, o Presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou o fim do apoio de Washington à guerra conduzida pela Arábia Saudita no Iémen, em apoio do governo e que em cinco anos matou cerca de 130.000 pessoas, incluindo mais de 13.000 civis, e criou a pior crise humanitária do mundo.
"Lidaremos positivamente com a atitude da nova administração dos Estados Unidos que quer acabar com o conflito no Iémen", disse Bin Mubarak à agência norte-americana Associated Press na quinta-feira à noite.
"Este foi sempre o nosso objetivo desde o início da guerra e lidámos positivamente com todas as iniciativas da ONU no passado, mas enfrentamos a intransigência das milícias Huthis e da agenda do Irão na região", adiantou.
Os rebeldes Huthis saudaram a decisão do Presidente dos Estados Unidos de acabar com o apoio norte-americano à operação militar de que são alvo, afirmando desejar que a medida constitua o "início do fim da guerra", nas palavras de Hamid Assem, líder político dos insurgentes em Sanaa, à agência France Presse.
A guerra do Iémen começou em setembro de 2014, quando os Huthis tomaram Sanaa e iniciaram a marcha para sul para ocupar o resto do país. A coligação internacional liderada pela Arábia Saudita, que tem como principal parceiro os Emirados Árabes Unidos, iniciou a sua intervenção no conflito em março de 2015.
Biden anunciou o fim de vendas "relevantes" de armas, sem dar pormenores, pediu um cessar-fogo, a abertura de canais para permitir a entrega de ajuda humanitária e um regresso às negociações de paz.
Segundo a agência de notícias do Iémen SABA, o governo iemenita também saudou a decisão de Biden de nomear Timothy Lenderking como enviado especial para o país, considerando-a mais um "passo importante" que mostra o compromisso dos Estados Unidos de acabarem com a guerra.
Lenderking foi subsecretário de Estado adjunto para o Irão, Iraque e Assuntos Multilaterais na secção do Médio Oriente e como diplomata de carreira esteve na embaixada dos Estados Unidos na Arábia Saudita, no Paquistão, Iraque e Kuwait.
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