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Mali. Gás lacrimogéneo usado para dispersar protesto contra francesas

As forças de segurança e militares do Mali usaram hoje gás lacrimogéneo para dispersar uma centena de manifestantes que, apesar da proibição de reuniões no país, protestavam contra a presença da força antiterrorista francesa.

Mali. Gás lacrimogéneo usado para dispersar protesto contra francesas
Notícias ao Minuto

17:29 - 20/01/21 por Lusa

Mundo Mali

Manifestantes a pé ou em motocicletas enfrentaram o gás lacrimogéneo de um elevado número de polícias e militares que rodearam a Praça da Independência, relataram correspondentes da agência de notícias France-Presse.

Ao mesmo tempo, filas de motos, oriundas de diferentes partes da capital, dirigiram-se para a praça, o local tradicional de reunião das pessoas que pretendem participar em manifestações.

"Vamos fazer caravanas por todo o lado, para convergir na avenida", disse uma das figuras do movimento que está por detrás do apelo à manifestação, Adama Diarra, mais conhecido pelo apelido "Ben the Brain", a dezenas de jovens.

As autoridades proibiram as manifestações, justificando a medida com a necessidade de conter a propagação da pandemia de covid-19.

A França, que está militarmente envolvida no Mali, desde 2013, tem 5.100 militares destacados, no âmbito da força antiterrorista Barkhane, no Mali, como em outros pontos da região do Sahel.

Esta presença militar dá regularmente origem a declarações de animosidade nas redes sociais por parte de certas personalidades, assim como a manifestações episódicas em Bamako.

Vários líderes da manifestação, programada para hoje, são membros do Conselho Nacional de Transição, o órgão legislativo do período de transição, iniciado após o golpe de Estado militar de 18 de agosto de 2020 no país e que é suposto ter civis eleitos de volta ao poder em 18 meses.

O poder de transição continua a ser liderado pelos militares, que desde o início têm afirmado o seu empenho na cooperação com a França no combate ao terrorismo.

"Gostaria de renovar a gratidão do nosso país à comunidade internacional, cujos exércitos estão ao nosso lado e cujos soldados estão a arriscar as suas vidas pela libertação do nosso país", disse o Presidente de transição, Bah Ndaw, na terça-feira à noite, por ocasião do 60.º aniversário do Exército do Mali.

A manifestação foi marcada numa altura em que Paris se prepara para "ajustar" o seu esforço militar no Sahel, de acordo com as palavras do Presidente Emmanuel Macron, entendido como prenúncio de uma redução das tropas da Barkhane.

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