Classificação de Huthis como terroristas pelos EUA dificultará a paz
A União Europeia (UE) lamentou hoje a decisão da administração cessante dos EUA de classificar como "terroristas" os rebeldes Huthis no Iémen, por se "arriscar a tornar mais difíceis" os esforços de paz da ONU neste país.
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Mundo Iémen
"A designação pelos Estados Unidos do Ansar Allah como organização terrorista estrangeira, para além da designação de três dos seus dirigentes, arrisca-se a tornar mais difíceis os esforços movidos pelas Nações Unidas para alcançar uma solução global do conflito no Iémen", advertiu o porta-voz de Josep Borrell, o chefe da diplomacia europeia.
"A UE está particularmente preocupada pela incidência desta decisão na situação humanitária do Iémen, que está atualmente confrontado com um risco iminente de fome generalizada", indicou.
A UE continua ciente que apenas uma solução política global pode terminar com o conflito no Iémen e continuará a promover o diálogo entre todas as partes", recordou.
No domingo, dez dias antes do final do mandato do Presidente cessante Donald Trump, o chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, anunciou que os Huthis estariam na lista de grupos "terroristas", tal como três dos seus chefes, incluindo o dirigente Abdel Malek al-Houthi.
Por seu turno, a ONU considerou que a decisão norte-americana "é suscetível de originar graves repercussões humanitárias e políticas", segundo o seu porta-voz, Stéphane Dujarric.
Os Huthis são apoiados politicamente pelo Irão, inimigo dos Estados Unidos e rival regional da Arábia Saudita. Riade, aliado de Washington, intervém no Iémen desde 2015 ao liderar uma "coligação militar" em apoio ao governo estabelecido no sul do país.
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