"Os Huthis merecem ser classificados como organização terrorista estrangeira, não apenas devido aos seus atos de terrorismo, mas também devido aos seus esforços contínuos para prolongar o conflito", sublinhou, num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Iémen.
O Governo de Trump anunciou no domingo, a dez dias do fim do seu mandato, que colocaria os rebeldes Huthis na lista negra de grupos "terroristas", o que, segundo organizações internacionais, pode agravar a crise humanitária naquele país do Médio Oriente.
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, explicou que notificará o Congresso desta decisão a fim de fortalecer a "dissuasão contra as atividades nocivas do regime iraniano", que apoia o grupo rebelde iemenita contra o Governo suportado por uma coligação liderada pelo Arábia Saudita, aliada de Washington.
Três líderes Huthis também estão na lista negra, incluindo o seu líder Abdel Malek al-Houthi.
Os rebeldes Huthis no Iémen condenaram hoje a sua designação como um grupo "terrorista" pelo Governo do Presidente cessante dos Estados Unidos, Donald Trump, a quem acusam de ter políticas terroristas.
Desde 2015, a guerra no Iémen mergulhou o país - o mais pobre da Península Arábica - na pior crise humanitária do mundo, segundo a ONU, com quase toda a população à beira da fome e ameaçada por epidemias.
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