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Wall Street abre ano em baixa por preocupação com vírus e eleição

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje a primeira sessão em baixa, com os investidores inquietos com a aceleração das infeções com o novo coronavirus e apreensivos com as eleições para o Senado no Estado da Geórgia.

Wall Street abre ano em baixa por preocupação com vírus e eleição
Notícias ao Minuto

23:10 - 04/01/21 por Lusa

Mundo Wall Street

Os resultados indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 1,25%, para os 30.223,89 pontos.

Mais fortes foram as perdas do tecnológico Nasdaq e do alargado S&P500. Aquele desvalorizou 1,47%, para as 12.698,45 unidades, e este perdeu 1,48%, para as 3.700,65.

Os três índices, que tinham começado com ganhos, chegaram a estar em baixa de 2,5% e a meio da sessão, antes de recuperarem parte das perdas.

A pandemia já provocou pelo menos 1.843.631 mortos no mundo e os EUA começaram o ano 2021 a superarem mais um patamar sinistro, com 20 milhões de casos de infeções desde o seu início.

Por outro lado, o Reino Unido anunciou hoje o regresso ao confinamento, desta vez até meados de fevereiro, para lutar contra a propagação da nova variante do coronavirus, mais contagiosa.

"Acredito que a continuação dos casos de infeções e as eleições na Geórgia, na terça-feira, abalaram os investidores", porque estes estão sem certezas quanto ao resultado da votação para escolher dois senadores, disse Quincy Krosby, da Prudential, à AFP.

"Há uma inquietação crescente [entre os investidores] quanto à possibilidade de os democratas ganharem estes lugares", acrescentou esta analista.

Neste cenário, os democratas controlariam as duas câmaras do Congresso, além da Presidência.

"Isto pode ter implicações sobre os impostos e sobre a regulação sobre o setor da tecnologia, dos bancos e da energia", avançou.

Até agora, sublinhou também Chris Low, da FNH Financial, os investidores "estavam muito contentes por as eleições terem conduzido a uma governação dividida onde nada de radical poderia ser votado", com uma coabitação entre uma Casa Branca e uma Câmara dos Representantes sob controlo dos democratas e um Senado controlado pelos republicanos.

"Mas os investidores começam a ficar nervosos perante o risco de um partido ficar com a via livre para fazer coisas", especificou Low.

Todos os setores do S&P500, fora a energia, que ficou perto do equilíbrio, estiveram em baixa acentuada, a começar pelo imobiliário, que recuou 3,29%), seguindo pelos serviços e pelos ações industriais.

A Boeing recuou 5,25%, a American Airlines pedeu 4,06% e a United Airlines desvalorizou 3,75%.

Na tecnologia, a Apple liderou as descidas, ao cair 2,47%, seguida pela Google, detida pela Alphabet, que sofreu o impacto da notícia da criação de um sindicato pelos seus trabalhadores, na que é uma novidade entre os grandes conglomerados tecnológicos.

E entre estes, o tom foi também negativo, com desvalorizações na Amazon (-2,16%), Microsoft (-2,13%) e Facebook (-1,54%).

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