Tunísia anuncia detenção de presumível jihadista que preparava ataque

As unidades especiais de luta antiterrorismo da Tunísia detiveram hoje um presumível 'jihadista' que alegadamente preparava uma bomba para cometer um ataque no país, anunciou hoje o Ministério do Interior.

Acidente com autocarro na Tunísia faz 22 mortos

© iStock 

Lusa
18/12/2020 17:23 ‧ 18/12/2020 por Lusa

Mundo

Tunísia

Em comunicado oficial, a fonte explicou que o suspeito tinha "jurado fidelidade" ao grupo extremista Estado Islâmico (EI) e durante o interrogatório admitiu ter procurado informações na Internet para comprar substâncias tóxicas e fabricar um engenho explosivo caseiro.

"Durante o curso desta operação de segurança, as autoridades apreenderam uma quantidade significativa de produtos químicos para a fabricação de explosivos e também vários dispositivos eletrónicos", acrescentou a nota, que não identificou o suspeito, mas qualificou-o como um "lobo solitário".

A notícia coincidiu hoje com uma importante manifestação convocada pelo principal sindicato local, a UGTT, muito participada.

A Tunísia é o único país que alcançou uma transição política de sucesso de todos aqueles que há uma década foram abalados pela chamada Primavera Árabe.

Ainda na quinta-feira, houve uma outra manifestação de homenagem a Mohamed Bouazizi, o jovem vendedor ambulante de fruta de 26 anos que, há 10 anos, se imolou em frente à sede do governo regional de Sidi Bouzid, no sul do país, e que com o seu ato desesperado de protesto deu início à Primavera Árabe.

A crise económica fez com que, 10 anos mais tarde, a migração, regular ou irregular, seja um dos objetivos principais dos jovens tunisinos, que este ano recorreram bastante às viagens ilegais através da rota do Mediterrâneo central, a mais mortal do mundo.

Segundo o observatório internacional "The Soufian Group", a Tunísia é também o quarto país do mundo em número de cidadãos que se juntaram ao EI, atrás da Rússia, Arábia Saudita e Jordânia.

Desde o triunfo da revolução que em 2011 derrubou a ditadura de Zine El-Abidine Ben Ali, grupos armados de tendência radical islâmica atuam na região de Kasserine e na montanha Djebel Chambi, uma zona montanhosa que faz fronteira com a Argélia.

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