Nagorno-Karabak: Azerbaijão investiga crimes de guerra nos dois campos

Baku anunciou hoje a abertura de um inquérito sobre possíveis crimes de guerra cometidos pelas tropas arménias e azeris durante as seis semanas de conflito que decorreu na região separatista do Nagorno-Karabak.

Nagorno-Karabakh, arménios incendeiam as suas casas

© ALEXANDER NEMENOV/AFP via Getty Images

Lusa
25/11/2020 15:12 ‧ 25/11/2020 por Lusa

Mundo

Conflito

O procurador-geral do país, Kamran Aliev, declarou à agência noticiosa AFP que o seu gabinete estava a investigar vídeos que demonstram tratamentos degradantes infligidos a prisioneiros azeris ou corpos de soldados abordados com desprezo pelos seus inimigos.

"Desencadeámos igualmente um inquérito sobre o tratamento inumano de militares arménios que foram feitos prisioneiros", acrescentou.

"Existem muitos vídeos falsos. Mas devemos dizer francamente que também existem vídeos que podem ser autênticos", acrescentou Aliev.

"O Azerbaijão é um Estado de direito e reagiremos a esses factos", salientou.

O Azerbaijão e a Arménia acusaram-se mutuamente de crimes de guerra durante as seis semanas de combates mortíferos que opuseram os dois países do sul do Cáucaso entre o final de setembro e o início de novembro pelo controlo da região separatista do Nagorno-Karabak.

Vídeos divulgados nas redes sociais durante e após os combates demonstram supostas execuções de prisioneiros arménios pelos azeris ou a profanação de corpos de soldados azeris pelos arménios.

As duas partes também se acusaram de bombardeamentos deliberados a zonas habitadas. Segundo Kamran Aliev, foram abertos 73 inquéritos penais relacionados com bombardeamentos de alvos civis pelas forças arménias.

Estas ataques "custaram a vida a 94 civis", declarou, acrescentando que quatro dirigentes separatistas arménios -- incluindo Arayik Haroutiounian, presidente do Nagorno-Karabak -- são acusados de crimes de guerra.

Na sequência de seis semanas de combates, foi firmado sob a égide do Kremlin um acordo de cessar-fogo, e quando a situação militar era catastrófica para a Arménia.

Nos termos deste acordo, a Arménia comprometeu-se a devolver diversos distritos azeris que escapavam ao controlo de Baku desde há 30 anos. A autoproclamada república do Nagorno-Karabak prevaleceu, apesar de amputada de diversos territórios.

 

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