EUA criticam líderes da região de Tigray e elogiam contenção da Eritreia
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, criticou hoje os líderes da região separatista de Tigray, no norte da Etiópia, pelas responsabilidades no conflito militar com o Governo etíope e elogiou a "contenção" da vizinha Eritreia.
© Reuters
Mundo Etiópia
Os Estados Unidos "condenam veementemente" o ataque de sábado à capital da Eritreia, Asmara, pela Frente de Libertação do Povo Tigray (TPLF), que lidera a região norte da Etiópia, afirmou Pompeo num comunicado divulgado pelo departamento de Estado norte-americano.
"Estamos profundamente preocupados com esta tentativa da TPLF de desestabilizar a região, estendendo o seu conflito com as autoridades etíopes aos países vizinhos", escreveu Pompeo.
"Apreciamos a contenção da Eritreia, que tem ajudado a evitar que o conflito se espalhe ainda mais", acrescentou o chefe da diplomacia dos Estados Unidos da América (EUA).
A TPLF atingiu a capital da Eritreia no sábado com vários rockets, acusando Asmara de apoiar o Exército federal etíope na ofensiva que leva a cabo há semanas contra o governo autónomo e as forças da província de Tigray.
Mike Pompeo apelou ainda a que seja assegurada a passagem dos trabalhadores humanitários na região e a que seja garantida a segurança dos cidadãos dos EUA.
"Instamos a TPLF e as autoridades etíopes a tomarem medidas imediatas para desanuviar o conflito, restaurar a paz e proteger os civis", afirmou.
A declaração não fez qualquer referência ao primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, um aliado dos norte-americanos e o mandante da operação militar em Tigray, que está na origem da deslocação de dezenas de milhares de pessoas deslocadas e suscitou críticas internacionais generalizadas.
Prémio Nobel da Paz em 2019, Ahmed está a resistir aos apelos da comunidade internacional para parar os combates e anunciou hoje que a operação em Tigray entrará na sua fase "final" nos "próximos dias".
O conflito já enviou mais de 27.000 refugiados etíopes assustados para o Sudão.
Cerca de 4.000 refugiados continuam chegando todos os dias, um índice "muito rápido", disse o porta-voz da agência de refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU), Babar Baloch, em Genebra.
"É um número enorme em questão de dias... Isso sobrecarrega todo o sistema", afirmou.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com