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Bruxelas em "otimismo cauteloso" sobre regresso de EUA ao acordo com Irão

A Comissão Europeia manifestou hoje um "otimismo cauteloso" relativamente à possibilidade de os Estados Unidos regressarem, com Joe Biden, ao acordo nuclear com o Irão, após o terem abandonado com Donald Trump em 2018.

Bruxelas em "otimismo cauteloso" sobre regresso de EUA ao acordo com Irão
Notícias ao Minuto

14:47 - 17/11/20 por Lusa

Mundo Bruxelas

"Vamos esperar pela nova administração e pela apresentação das suas políticas, mas há um otimismo cauteloso de que, relativamente ao Irão, a dinâmica geral será diferente", referiu Peter Stano, porta-voz da Comissão Europeia para os Negócios Estrangeiros.

O porta-voz sublinhou ainda que as "indicações dadas" por Biden mostram que irá abordar a questão iraniana de "maneira completamente diferente da que tinha sido escolhida" por Donald Trump, e que a União Europeia (UE) está "pronta" para trabalhar com os Estados Unidos da América (EUA) em "muitas áreas".

"No passado, tendo em conta que os EUA e a UE partilham valores (...) e o mesmo sistema político, cada vez que trabalhámos juntos fomos sempre mais eficientes e mais bem-sucedidos", sublinhou Peter Stano em conferência de imprensa.

As declarações do porta-voz do executivo comunitário surgem após o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Yves Le Drian, e o seu homólogo alemão, Heiko Maas, terem publicado um editorial na segunda-feira no jornal francês Le Monde em que pedem aos EUA "uma abordagem comum face ao Irão".

"Pedimos aos Estados Unidos que voltem a uma abordagem comum face ao Irão, para que possamos, juntos, assegurar-nos de que o programa nuclear iraniano tem apenas objetivos pacíficos e trazer uma resposta aos outros desafios que o Irão traz à nossa segurança e à nossa região", referem os dois ministros no texto.

Já o jornal norte-americano New York Times publicou hoje um artigo em que revela que o ainda Presidente norte-americano, Donald Trump, terá perguntado, na quinta-feira passada, a conselheiros se seria possível lançar um ataque militar à principal instalação nuclear iraniana.

Trump queria nomeadamente iniciar uma ação de retaliação após o anúncio da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) de que o governo de Teerão procedeu ao aumento das suas reservas iranianas de urânio enriquecido, tendo atualmente 2.499 quilos, quando o limite máximo estipulado no acordo de não-proliferação nuclear era de 300 quilos.

Donald Trump terá sido dissuadido pelos responsáveis presentes na reunião.

Joe Biden, recentemente eleito Presidente dos Estados Unidos, já fez saber que pretende regressar ao acordo de não-proliferação de armas nucleares com o Irão, desde que Teerão respeite as condições estipuladas no documento.

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