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Oposição de centro-direita vence legislativas na Lituânia

A aliança de centro-direita União pela Pátria - União Cristã-Democrata Lituana (HU-LCD), na oposição há oito anos, venceu as legislativas de domingo na Lituânia e iniciou conversações com dois partidos liberais para uma coligação de Governo.

Oposição de centro-direita vence legislativas na Lituânia
Notícias ao Minuto

12:41 - 26/10/20 por Lusa

Mundo Lituânia

Segundo resultados oficiais das duas voltas das eleições, a oposição conservadora, liderada por Ingrida Simonyte, obteve 25% dos votos, elegendo 50 deputados ao parlamento (Seimas) de 141 lugares.

Ingrida Simonyte, 45 anos, antiga ministra das Finanças, já iniciou negociações com os dois partidos liberais -- o Movimento Liberal e o novo Partido da Liberdade - que elegeram respetivamente 11 e 13 deputados.

Os três partidos juntos totalizam 74 lugares, acima dos 71 necessários para formar governo.

Todos são liderados por mulheres. Além de Ingrida Simonyte, as negociações são dirigidas por Ausrine Armonaite, do Partido da Liberdade, e Viktorija Cmilyte-Nielsen, do Movimento Liberal.

A formação de centro-esquerda União dos Agricultores e Verdes (LFGU), liderada pelo primeiro-ministro cessante, Saulius Skvernelis, ficou-se por 17% dos votos, elegendo 32 deputados, segundo os resultados.

Os partidos que apoiavam o executivo cessante, Social-Democrata e Trabalhista, elegeram respetivamente 13 e 10 deputados.

Na segunda volta, realizada domingo, foram eleitos 68 deputados, tendo os restantes sido escolhidos na primeira volta, realizada a 11 de outubro.

Durante a campanha, a líder da oposição acusou o primeiro-ministro de não ter preparado o país para segunda vaga da pandemia, apontando "falta de transparência e clareza" sobre "quem aconselha o governo" e denunciando que "médicos e cientistas dizem que não são ouvidos".

A Lituânia regista desde finais de setembro um aumento significativo de casos de infeção pelo novo coronavírus, depois de uma primeira fase da pandemia com poucos contágios, mas apresenta uma taxa de mortalidade abaixo da média da generalidade dos outros países europeus.

O primeiro-ministro, especialmente popular entre os eleitores rurais de baixos rendimentos, fez campanha com a promessa de lutar contra as desigualdades sociais e criar uma nova prestação anual para os idosos, um "13.º mês para as pensões".

Os principais desafios do próximo Governo lituano são a redução do défice orçamental, a crise de saúde provocada pela pandemia e os efeitos socioeconómicos desta, designadamente um elevado desemprego.

Devido à pandemia, a Lituânia, com 2,8 milhões de habitantes, viu o desemprego aumentar de 9% em fevereiro para 14% em setembro e o défice aumentar para quatro mil milhões de euros, de acordo com o Orçamento do Estado para 2021.

No domingo, dia de eleições, o país alcançou um número recorde de 603 novos casos. Desde o início da pandemia, a Lituânia registou quase 11 mil casos de SARS-CoV-2 e 136 mortes associadas à covid-19.

Para estas eleições, as primeiras realizadas em contexto de pandemia, certas medidas excecionais foram adotadas, incluindo o voto por 'drive in', em que os eleitores se deslocaram de automóvel a postos especialmente estabelecidos para o efeito, e a obrigatoriedade de uso de máscara e respeito pela distância social nas assembleias de voto.

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