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França quer contribuições obrigatórias para acolhimento de migrantes

A França quer que as contribuições dos Estados da União Europeia (UE) para o acolhimento de migrantes sejam obrigatórias no novo pacto que vai ser negociado para reforçar os chamados "mecanismos de solidariedade" com os países de entrada.

França quer contribuições obrigatórias para acolhimento de migrantes
Notícias ao Minuto

11:03 - 24/09/20 por Lusa

Mundo Migrações

Segundo refere o Governo francês, em comunicado hoje divulgado, "cada Estado-membro deve assumir a sua parte no esforço comum, seja através de relocalizações, seja, excecionalmente, através de outras modalidades de contribuições obrigatórias".

A Comissão Europeia apresentou na quarta-feira uma proposta para criar um Pacto para as Migrações e Asilo, que visa tornar obrigatória a "solidariedade" de todos os países da UE com os países de chegada dos migrantes, como a Grécia, a Itália ou Malta, quando estes últimos estiverem "sob pressão".

A ajuda pode assumir a forma de relocalização dos requerentes de asilo noutros países da UE, mas também a de "assistência para o regresso" ao seu país de origem, quando lhes for recusado asilo, explicou a Comissão Europeia.

Os três membros do executivo francês que assinam o comunicado hoje divulgado, liderados pelo ministro do Interior, Gérald Darmanin, sublinham que a França sempre ajudou os países de entrada de migrantes e defendem a necessidade de fazer uma "reforma profunda" com base nas lições da situação dos migrantes na Europa desde a crise de 2015, estabelecendo "um equilíbrio justo entre responsabilidade e solidariedade".

Para isso, é preciso "reforçar firmemente o controlo nas fronteiras externas da UE para combater a imigração ilegal" e, ao mesmo tempo, melhorar os processos dos pedidos dos que são "elegíveis" para a obtenção do estatuto de refugiado, afirmam.

O ministro do Interior já tinha referido na quarta-feira que a França defende que cada migrante deve poder requerer acolhimento num Estado da sua escolha, mas permanecer no país onde entrou na União Europeia enquanto o processo estiver a ser analisado.

No comunicado, Darmanin e os dois secretários de Estado, Marlène Schiappa e Clément Beaune, defendem ainda que é necessário "definir regras mais claras e exigentes sobre a responsabilidade pelo tratamento desses requerimentos".

"Esta clarificação das regras deve vir acompanhada do reforço dos mecanismos de solidariedade", acrescentam.

Por último, o Governo francês considera que a UE deve manter "um diálogo mais exigente" com os países de origem e de trânsito dos migrantes e que esta questão deve fazer parte da estratégia de cooperação europeia.

O objetivo, referem, é reforçar a estabilidade política e económica desses países e combater as redes criminosas que lucram com a imigração ilegal.

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