Human Rights pede a Israel a entrega do corpo de palestiniano à família

O Organização Não-Governamental Human Rights Watch pediu hoje a Israel que entregue aos familiares o corpo de um palestiniano morto num posto de controlo há dois meses depois de atropelar um agente israelita.

israel, bandeira

© iStock

Lusa
14/09/2020 08:04 ‧ 14/09/2020 por Lusa

Mundo

Human Rights Watch

 

 "As autoridades israelitas guardaram o corpo do palestiniano Ahmed Erekat durante mais de dez semanas depois de ter sido morto, aparentemente sem justificação, em violação da lei humanitária internacional", denunciou hoje a organização em comunicado.  

Imagens vídeo mostram como Erekat embateu o carro que conduzia contra um soldado num posto militar israelita no passado dia 23 de junho e como os soldados dispararam contra ele depois de ter saído do veículo.

Desde essa altura, a família ficou impedida de receber o corpo, uma política pouco habitual nos casos de ataques terroristas, sendo que o corpo pode vir a ser utilizado para garantir a libertação de dois civis israelitas e os cadáveres de dois soldados de Israel que as "autoridades do Hamas em Gaza mantêm ilegalmente".

Trata-se dos corpos de dois soldados mortos nos confrontos de 2014 e de dois civis com problemas mentais que entraram em Gaza em 2014 e 2015. 

A retenção do cadáver de Erekat "impede a família de enterrar o filho de forma digna, é cruel e não tem justificação legal", assinalou Omar Shakir, diretor da organização em Israel e Palestina. 

A ONG insta Israel e o Hamas a devolverem os corpos que são mantidos sob controlo às respetivas famílias e acrescenta que as "ações erradas de uma parte não justificam as ações erradas da outra".

A família de Erekat, que tinha 26 anos quando foi abatido, argumenta que os acontecimentos foram um acidente e não de um ataque com um carro e atropelamento intencional de um soldado. 

Na tarde em que morreu, Erekat ia fazer "algumas compras para o casamento da irmã, cuja cerimónia se celebrava nesse dia".

 

 

 

 

 

 

 

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