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Navalny: OPAQ manifesta "grave preocupação" e disponibiliza ajuda

A Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) exprimiu hoje a sua "grave preocupação" no caso do opositor russo Alexei Navalny, que segundo o Governo alemão foi envenenado por um agente neurotóxico, o Novitchok.

Navalny: OPAQ manifesta "grave preocupação" e disponibiliza ajuda
Notícias ao Minuto

15:03 - 03/09/20 por Lusa

Mundo Alexei Navalny

O chefe da OPAQ, Fernando Arias, acrescentou que esta instituição internacional sediada em Haia, está disposta a ajudar qualquer Estado-membro que solicite a sua assistência.

"Em conformidade com a convenção sobre as armas químicas, qualquer envenenamento de uma pessoa pela utilização de um agente neurotóxico é considerado como um uso de uma arma química. Essa alegação é um assunto de grave preocupação", acrescentou.

Arias afirmou que a "utilização de armas químicas por alguém e em quaisquer circunstâncias" é "repreensível e totalmente contrária às normas legais estabelecidas pela comunidade internacional".

A OPAQ "continua a acompanhar a situação e está disposta a contactar e apoiar todo o Estado-membro que solicite a sua assistência", prosseguiu.

Na quarta-feira a Alemanha indicou que iria contactar a OPAQ sobre o caso Navalny, mas não indicou se solicitaria a sua ajuda com base na Convenção sobre as armas químicas.

Principal opositor do Presidente russo, Vladimir Putin, e conhecido pelas investigações anticorrupção a membros da elite russa, Alexei Navalny, 44 anos, está internado, em coma, desde 20 de agosto.

O político sentiu-se mal durante um voo de regresso a Moscovo, após uma deslocação à Sibéria. Foi primeiro internado num hospital de Omsk, na Sibéria, tendo sido transferido, posteriormente, para o hospital universitário Charité, em Berlim.

Na semana passada, os médicos alemães indicaram que Navalny apresentava indícios de ter sido envenenado por "uma substância do grupo dos inibidores de colinesterase".

O hospital pediu a colaboração do laboratório militar de farmacologia e toxicologia de Munique (Baviera), no qual trabalham os maiores especialistas alemães em substâncias tóxicas e agentes químicos.

O Novichok integra um grupo particularmente perigoso de agentes neurotóxicos russos que foram proibidos, em 2019, pela Organização para a Interdição das Armas Químicas (OIAC).

A conceção deste tipo de agente neurotóxico por cientistas soviéticos remonta aos anos 1970 e 1980, as últimas décadas da Guerra Fria. Hoje, Moscovo rejeitou qualquer envolvimento do Estado russo neste caso.

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