As crianças foram mortos na escola de Ngoy, na cidade de Katanga, na província do Kivu Norte, onde estavam a fazer os seus exames de fim do ensino primário, confirmaram à agência Efe a polícia e ativistas congoleses.
"Sim, cinco estudantes finalistas do Tenafep [exame final do primeiro ciclo] perderam a vida na quinta-feira enquanto faziam os seus exames escolares no centro de Ngoy", disse o porta-voz da Polícia Nacional Congolesa (PNC), coronel François Kabeya.
Segundo a mesma fonte, este centro de exames situa-se no território dos masisi, uma zona ameaçada pelas milícias Mai Mai, nome dado a uma amálgama de grupos armados no noroeste do país, que lutam contra o Governo central e grupos rebeldes estrangeiros.
"Foi durante um tiroteio entre estes grupos armados e as Forças Armadas da República Democrática do Congo que estes estudantes foram mortos", especificou um ativista da sociedade civil masisi, Justin Mwamba, também em declarações à Efe.
Segundo Mwamba, "os assaltantes invadiram a escola e mataram as crianças, antes de fugirem com alguns examinadores que supervisionavam o exame".
"O Governo provincial do Kivu Norte não tem ainda quaisquer detalhes, qualquer informação, sobre os raptados. Soubemos que os atacantes os levaram para o mato", acrescentou Mwamba.
O porta-voz da polícia informou que tinham sido destacadas tropas do Exército para tentar encontrar os reféns.
O nordeste da RDCongo é palco de um longo conflito alimentado por milícias rebeldes e ataques de soldados regulares do Exército, não obstante a presença da missão de manutenção da paz das Nações Unidas (Monusco), que conta com mais de 18.000 soldados no país.