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Israel apela à união global contra Hezbollah após veredito do caso Hariri

Israel pediu hoje à comunidade internacional que se una contra o Hezbollah, depois de o Tribunal Especial para o Líbano (TEL) ter considerado culpado um suposto membro daquele grupo xiita libanês no assassínio do antigo primeiro-ministro Rafic Hariri.

Israel apela à união global contra Hezbollah após veredito do caso Hariri
Notícias ao Minuto

20:39 - 18/08/20 por Lusa

Mundo Israel

"A decisão emitida hoje pelo TEL, designado para investigar o assassínio do [antigo] primeiro-ministro Hariri, foi muito clara, ao expressar que a organização terrorista Hezbollah e seus operacionais estiveram envolvidos tanto no assassínio como na manipulação da investigação que se seguiu", lê-se num comunicado do Ministério dos Negócios estrangeiros israelita.

Segundo as autoridades israelitas, o Hezbollah "tomou como refém o futuro do povo libanês em nome de interesses estrangeiros", pelo que Jerusalém apela à comunidade internacional a "unir-se contra esta organização terrorista" para ajudar o Líbano a "libertar-se da ameaça que representa".

O Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita considerou também que o armamento em poder do grupo xiita, contra o qual Israel combateu na guerra de 2006, a par do projeto de mísseis de precisão e das ações beligerantes, "ameaçam todo o Médio Oriente".

O TEL anunciou hoje o veredito dos seis anos do julgamento do atentado que, em fevereiro de 2005, vitimou Hariri, ao considerar culpado um dos quatro acusados (os três outros foram absolvidos), Salim Ayyah, todos supostos membros do grupo xiita libanês Hezbollah.

O coletivo do Tribunal, com sede em Leidschendam, perto de Haia, nos Países Baixos, não pronunciou a sentença de Salim Ayyash, deixando-a para mais tarde -- não indicou quando -, mas o condenado arrisca a pena de prisão perpétua se, um dia, comparecer na justiça

O Hezbollah, que rejeita qualquer envolvimento, recusou entregar os suspeitos, apesar dos vários mandados de captura emitidos pelo Tribunal Especial para o Líbano.

Rafic Hariri, primeiro-ministro até à sua demissão, em outubro de 2004, foi assassinado em fevereiro de 2005, quando um camião armadilhado atingiu o veículo blindado em que seguia numa estrada costeira de Beirute.

No atentado, morreram também 21 outras pessoas, enquanto 226 ficaram feridas.

Os quatro acusados, todos presumíveis membros do movimento xiita Hezbollah, foram julgados à revelia.

Ayyash foi considerado culpado por corresponsabilização de um "ataque terrorista com material explosivo", bem como por "homicídio voluntários" de Hariri e das restantes 21 pessoas que também morreram.

O TEL absolveu os restantes três acusados da responsabilidade de "conspiração" na preparação do ataque terrorista de fevereiro de 2005, uma vez que não foi provado que sabiam da intenção de assassinar o antigo primeiro-ministro libanês.

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