Palestina cancela participação na Expo Dubai 2021
O governo da Palestina cancelou hoje a sua participação na Expo Dubai 2021, após Israel e os Emirados Árabes Unidos terem concordado estabelecer relações diplomáticas.
© Getty Images
Mundo Palestina
Numa publicação na rede social Twitter, o primeiro-ministro palestiniano, Mohammad Shtayyeh, afirmou que, "em protesto pela decisão dos Emirados Árabes Unidos", o Governo decidiu "cancelar a participação da Palestina" no certame, agendado para outubro de 2021.
O governante classificou a aproximação de Israel e dos Emirados Árabes Unidos como "um abandono flagrante do consenso árabe", bem como "um incentivo para que Israel continue com a sua agressão".
Para Shtayyeh, esta decisão vai ainda "intensificar a atividade colonizadora" de Israel nos territórios palestinianos ocupados.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou em 13 de agosto que Israel e os Emirados Árabes Unidos concordaram em estabelecer relações diplomáticas, como parte de um acordo abrangente pelo qual as autoridades israelitas paralisarão a anexação do território palestino ocupado.
Os Emirados Árabes Unidos tornam-se assim o terceiro país árabe a estabelecer relações diplomáticas plenas com Israel, depois do Egito (1979) e Jordânia (1994), enquanto os israelitas também abordaram posições nos últimos tempos com outros Estados do Golfo Pérsico, como a Arábia Saudita e Bahrein.
Os EAU e Israel deverão assinar nas próximas três semanas, em Washington, um acordo para normalizar as suas relações.
Segundo os Emirados, o acordo foi alcançado "para encerrar qualquer anexação adicional de territórios palestinianos", mas o primeiro-ministro israelita indicou que o pacto terá apenas o efeito de "adiar" os planos israelitas de anexar partes da Cisjordânia.
O projeto de normalização das relações entre Israel e as nações do Golfo, como o Bahrein, a Arábia Saudita e os Emirados, é um dos aspetos do plano da administração norte-americana de Donald Trump para o Médio Oriente, saudado pelos israelitas, mas rejeitado pelos palestinianos.
O plano prevê também a anexação por Israel do vale do Jordão e de colonatos na Cisjordânia, considerados ilegais pela lei internacional.
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