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Israel denuncia na ONU uma infiltração do Hezbollah no país
Israel denunciou hoje na ONU uma suposta infiltração de "terroristas" do Hezbollah no país e defendeu que se a missão das Nações Unidas (FINUL) é incapaz de impedir este tipo de operações, a sua continuidade deveria ser questionada.
© Reuters
Mundo Israel
A delegação israelita remeteu uma carta sobre a questão ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, que, este mês, vai discutir precisamente a extensão do mandato da FINUL, que quer Israel quer os Estados Unidos querem ver modificada.
"O papel da FINUL é o de impedir este tipo de operações e que o Hezbollah converta o sul do Líbano na sua própria base terrorista. Se a FINUL é incapaz de cumprir esta missão, então a sua existência deveria ser posta em causa", afirmou, num comunicado, o embaixador israelita na ONU, Gilad Erdan.
A carta inclui fotografias que, segundo Israel, mostram a rota da "célula terrorista" desde o Líbano até à área de Mount Dov (zona disputada sob controlo israelita), cruzando a chamada "Linha Azul", na fronteira entre os dois países e que é fiscalizada pelas Nações Unidas.
Segundo a imprensa israelita, o Exército respondeu à incursão com fogo, obrigando os supostos membros do Hezbollah a regressar a território libanês.
A FINUL foi criada em 1978 para fiscalizar a retirada israelita do território do Líbano que ocupara e para apoiar o Governo libanês no controlo da zona.
A situação alterou-se devido à guerra de 2006 entre Israel e o Hezbollah, com a FINUL a fiscalizar, a partir daí, o cessar-fogo.
O mandato da missão da ONU termina a 31 deste mês e o Conselho de Segurança está a negociar a sua extensão, com os estados Unidos a defenderem a necessidade de se modificarem os termos da operação, para que a FINUL, que conta com cerca de 10.000 "capacetes azuis", tenha maior capacidade de supervisão nas áreas em que opera o Hezbollah.
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