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Carles Puigdemont pede que espionagem a Roger Torra não fique "impune"

O ex-presidente do governo autónomo da Catalunha, Carles Puigdemont, pediu hoje para que o "escândalo" sobre a alegada espionagem ao telemóvel do presidente do Parlamento de Barcelona não fique "impune". 

Carles Puigdemont pede que espionagem a Roger Torra não fique "impune"
Notícias ao Minuto

12:28 - 14/07/20 por Lusa

Mundo Catalunha

"Há muito tempo que o Estado espanhol não respeita o Estado de Direito. O problema é que nem com provas tão irrefutáveis é possível investigar a fundo para que sejam dirimidas responsabilidades. É um escândalo que não pode ficar impune. Toda a solidariedade com Roger Torrent", escreveu Puigdemont numa mensagem difundida hoje pela rede social Twitter.  

Puigdemont, que vive na Bélgica, é alvo de um pedido de extradição das autoridades judiciais espanholas e referia-se à notícia publicada hoje pelo El Pais e o The Guardian sobre o alegado ato de espionagem ao telemóvel do Parlamento da Catalunha vigiado por tecnologia desenvolvida por uma empresa israelita (NSO) que apenas os governos podem adquirir.

De acordo com a investigação, um instituto de cibersegurança do Canadá que investigou falhas na aplicação digital 'WhatsApp' descobriu que o telefone móvel de Roger Torrent, presidente do Parlamento da Região Autónoma da Catalunha, foi espiado.

Os jornais El Pais e The Guardian indicam igualmente que "uma centena de personalidades" da sociedade civil de todo o mundo foram igualmente alvo do "mesmo ataque". 

A notícia refere em concreto que o telemóvel do presidente do Parlamento da Catalunha, Roger Torrent, foi alvo do sistema operativo 'Pegasus', um programa de vigilância e espionagem desenvolvido pela companhia israelita NSO que só pode ser adquirido por governos, forças ou corpos de segurança de Estado no combate ao crime organizado.

"O governo (espanhol) não tem conhecimento de que o presidente do Parlamento da Catalunha, Roger Torrent, tenha sido alvo de 'hackers' (piratas informáticos)" disse um porta-voz do Executivo de Madrid aos dois jornais frisando que a intervenção às comunicações só é possível através de uma ordem judicial.

A investigação dos dois jornais refere que um porta-voz dos serviços de informações do Estado espanhol (CNI) "atua sempre em plena submissão ao ordenamento jurídico e com absoluto respeito pela legalidade vigente".

O mesmo porta-voz recordou que as ações do CNI estão sob a supervisão de um magistrado do Tribunal Supremo. 

O El Pais e o The Guardian escrevem ainda que tentaram sem êxito obter uma resposta da Guardia Civil, Polícia Nacional e do Ministério do Interior.

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