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França. Principais cidades votam domingo em 2.ª volta para novo executivo

Paris, Marselha, Lyon e Bordéus, assim como outras grandes cidades francesas, voltam às urnas este domingo, três meses depois da primeira volta e com uma pandemia pelo meio, para decidirem quem serão os novos executivos municipais.

França. Principais cidades votam domingo em 2.ª volta para novo executivo
Notícias ao Minuto

09:12 - 26/06/20 por Lusa

Mundo Eleições municipais

França viu as eleições municipais entre a primeira volta - a 15 de março - e a segunda volta - que se realiza a 28 de junho - interrompidas pela pandemia da covid-19 e pelos meses de confinamento rigoroso que vigorou, com cerca de 5.000 localidades a não terem eleito um novo executivo na primeira volta.

Para a segunda volta ficaram as maiores cidades, onde as clivagens políticas se têm vindo a acentuar nos últimos anos, reflexo da política nacional.

Desde logo, Paris onde a atual autarca socialista, Anne Hidalgo, conseguiu quase 30% dos votos, mas Rachida Dati, candidata da direita, veio logo a seguir com 22% e Agnes Buzyn, antiga ministra da Saúde e que encabeça a lista do Republique en Marche, com 17%.

Com a regra que todos os candidatos com mais de 10% passam à segunda volta, os Verdes parisienses também conseguiam um lugar no boletim de voto deste domingo, mas preferiram juntar-se a Hidalgo. Assim, numa coligação PS/Verdes, a autarca de ascendência espanhola deve liderar a capital por mais seis anos.

Mas as contas não são tão fáceis noutras cidades, como Lyon. Gerard Collomb, autarca de saída, decidiu não encabeçar nenhuma lista e um conflito no partido do Presidente Emmanuel Macron (Republique En Marche) levou a que os Verdes e a direita tivessem mais peso nas urnas.

Nesta segunda volta, a direita uniu-se em Lyon com o sucessor de Collomb, Yann Cucherat, mas talvez não seja suficiente para conter o avanço dos Verdes.

Em Toulouse, a vitória do atual autarca, Jean-Luc Moudenc, com apoio da direita e do Republique En Marche parecia certa, mas uma aliança à esquerda entre Verdes, La France Insoumise (extrema-esquerda) e Partido Socialista pode baralhar as contas na segunda volta.

Uma união no último momento da entrega das listas da segunda volta deve assegurar a vitória do herdeiro de Alain Juppé, ex-primeiro-ministro de direita, em Bordéus, com um entendimento entre a direita e o Republique En Marche a fazer frente aos bons resultados do candidato da esquerda e dos Verdes.

Uma transmissão de poder que pode não correr tão bem é em Marselha, onde a candidata Martine Vassal, indicada pelo autarca de saída, conseguiu apenas o segundo lugar, com 22% dos votos, na primeira volta.

À sua frente está Michèle Rubirola, candidata da união das esquerdas, e na luta vai continuar também o candidato de extrema-direita, Stéphane Ravier, que conseguiu quase 20% dos votos.

Para travar o avanço da extrema-direita em Perpignan, onde o candidato do partido de Marine Le Pen teve 35% dos votos, uma frente republicana foi constituída para 28 de junho, onde os Verdes e o Republique En Marche se juntaram ao autarca de direita que se recandidata, mas que na primeira volta conseguiu só 18%.

No domingo vão votar em França cerca de 16,5 milhões de pessoas, ou seja, cerca de 39% dos inscritos nos cadernos eleitorais do país.

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