Os mísseis de nova geração de longo alcance atingiram os alvos a uma distância de 280 quilómetros durante manobras navais no mar de Omã e a norte do Oceano Índico.

Alguns mísseis foram disparados junto à costa e de outros de navios de guerra contra os objetivos localizados na água, informou hoje a agência Tasnim.

O subdiretor para a Coordenação do Exército do Irão e ex-comandante da Armada, Habiolá Sayarí descreveu os mísseis como "um passo que promete melhorar a defesa do país". 

Sayarí destacou que o Irão vai continuar o caminho da autossuficiência do setor da defesa dependendo de especialistas iranianos e não de estrangeiros impedidos de colaborar devido às sanções.

O Irão fabrica armamento a nível interno, sendo que o embargo internacional sobre as armas deve terminar no próximo mês de outubro, como refere a resolução 2231 do Conselho de Segurança das Nações Unidas. 

A resolução validou o acordo sobre energia nuclear firmado entre o Irão e seis grandes potências, em 2015, tendo os Estados Unidos abandonado o acordo há dois anos de forma unilateral. 

Neste momento, os Estados Unidos tentam convencer os outros membros do Conselho de Segurança para que não seja levantado o embargo armamentista contra o Irão, mas a Rússia e a República Popular da China, países com direito de veto, já expressaram oposição. 

A tensão entre Teerão e Washington agravou-se desde que os Estados Unidos voltaram a impor sanções contra o Irão em 2018, após incidentes no Golfo Pérsico e, sobretudo, após o assassinato do general iraniano Qasem Soleimani alvo de um bombardeamento norte-americano. 

As manobras navais do Irão que decorreram hoje tiveram o nome "Mártires do Ramadão" em honra dos 19 marinheiros mortos durante um acidente no passado dia 10 de maio, durante um exercício militar. 

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