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Amnistia apela à libertação imediata de ativistas do Zimbabué

A Amnistia Internacional (AI) apelou às autoridades do Zimbabué para que libertem "imediata e incondicionalmente" as três ativistas acusadas de falso testemunho após terem denunciado rapto, tortura e agressões sexuais, classificando a acusação como "uma farsa".

Amnistia apela à libertação imediata de ativistas do Zimbabué
Notícias ao Minuto

10:32 - 16/06/20 por Lusa

Mundo Zimbabué

A diretora-adjunta da AI para a África Austral, Muleya Mwananyanda, reagiu desta forma à recusa de um juiz em libertar as ativistas sob pagamento de fiança, decidida na segunda-feira, seguida do seu regresso à prisão de segurança máxima de Chikurubi, onde são mantidos alguns dos piores criminosos do país e famosa pelas más condições de detenção.

"As autoridades do Zimbabué devem pôr fim a esta farsa. As autoridades devem libertar imediata e incondicionalmente Joana Mamombe, Cecilia Chinembiri e Netsai Marova e pôr termo à sua campanha de intimidação e assédio aos líderes e ativistas da oposição", afirmou Muleya Mwananyanda, em comunicado.

Para a AI, a continuação da detenção arbitrária das três líderes femininas do Movimento para a Mudança Democrática - Aliança (MDC-Aliança), na oposição, "destina-se a enviar uma mensagem arrepiante a qualquer pessoa que se atreva a desafiar as autoridades do Zimbabué".

"Estas mulheres são vítimas da crescente repressão do direito à liberdade de expressão e da criminalização da dissidência. Em vez de as perseguir, as autoridades do Zimbabué deveriam concentrar os seus esforços em responsabilizar os suspeitos pelo seu horrível rapto, tortura e agressão sexual", lê-se no comunicado da AI.

As três líderes juvenis do MDC-Aliança alegam que, após terem sido detidas em maio por terem organizado um comício, a polícia permitiu que fossem levadas para fora da esquadra por homens não identificados que as espancaram e violaram.

As mulheres estiveram desaparecidas durante quase 48 horas antes de serem largadas numa estrada perto de Bindura, cerca de 90 quilómetros (56 milhas) a nordeste de Harare.

Enquanto eram tratadas num hospital pelos seus ferimentos, as três foram acusadas de violar os regulamentos de encerramento ao participarem no protesto.

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