Segundo a organização de direitos humanos Viasna, cerca de 50 ativistas da oposição foram detidos pela polícia na sexta-feira e durante o fim de semana, enquanto reuniam assinaturas para permitir que os membros da oposição participassem nas eleições presidenciais de agosto.
A mulher de Mikola Statkevitch também confirmou que o marido foi detido.
Esta ex-República soviética é liderada desde 1994 por Aleksandr Lukashenko, que pretende ser reeleito nas eleições presidenciais.
Entre os detidos, estão os apoiantes do bloguista Sergei Tikhanovski - também ele preso na sexta-feira -, que foi proibido de concorrer pela Comissão Eleitoral do país.
Uma das principais figuras da oposição, Mikola Statkevich foi detido no domingo a caminho do local de uma ação de protesto em Minsk.
A sua mulher, Marina Adamovitch, disse à agência de polícia AFP na segunda-feira que seu marido está detido e em breve será apresentado a um juiz.
Statkevich, que desafiou Aleksandr Lukashenko nas eleições presidenciais de 2010, ficou preso por cinco anos por organizar manifestações contra o governo. Foi essa condenação que o levou a ser banido da corrida eleitoral em 2020.
A Bielorrússia anunciou a organização de uma eleição presidencial em 09 de agosto, apesar de a epidemia do novo coronavírus não ter poupado o país e Lukashenko continuar a minimizá-la.
O país já tem mais de 42 mil infeções pelo novo coronavírus registadas e ainda 235 mortes.
No poder desde 1994, Lukashenko, de 65 anos, já anunciou que concorrerá ao sexto mandato.
Durante as eleições legislativas do ano passado, a oposição não ganhou assentos no Parlamento. Estas eleições foram denunciadas por observadores eleitorais da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).