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Ativistas no Zimbabué que acusam a polícia de rapto vão ser julgadas

Três ativistas da oposição do Zimbabué que acusam a polícia de rapto e tortura vão ser julgadas por terem participado numa manifestação proibida durante um período de contenção do coronavírus, disse hoje uma organização não-governamental (ONG).

Ativistas no Zimbabué que acusam a polícia de rapto vão ser julgadas
Notícias ao Minuto

15:52 - 27/05/20 por Lusa

Mundo Zimbabué

A deputada Joana Mamombe e duas outras militantes do Movimento para a Mudança Democrática (MDC) foram encontradas em 15 de maio com ferimentos graves numa estrada fora da capital, Harare, dois dias depois de terem desaparecido durante uma manifestação.

O MDC acusa a polícia de as prender, espancar e torturar, com base nos seus depoimentos, acusações que foram negadas categoricamente pelo Governo.

Na terça-feira à noite, a polícia foi ao hospital de Harare, onde as ativistas se encontram a recuperar, para as informar que tencionam processá-las por violação das regras de confinamento, afirmou um porta-voz da ONG Advogados do Zimbabué para os Direitos Humanos (ZLHR, na sigla original).

"Estamos chocados e preocupados por a polícia ter decidido abrir uma investigação contra estas três mulheres, enquanto estão hospitalizadas e devem ser protegidas pela mesma polícia", afirmou Kumbirai Mafunda.

"A polícia deve (...) concentrar-se primeiro nos crimes contra elas", acrescentou Mafunda.

O comício a que assistiram as três jovens mulheres, em 13 de maio, teve como objetivo denunciar as dificuldades de muitas famílias em conseguir o suficiente para comer desde o início da pandemia de covid-19, no final de março.

A atual crise sanitária agravou ainda mais a crise económica no Zimbabué, onde 15 milhões de pessoas enfrentam graves carências de bens de primeira necessidade.

As forças de segurança do Zimbabué são frequentemente alvo de denúncias de repressão das atividades da oposição.

O Zimbabué regista 56 casos de infeção pelo novo coronavírus e quatro mortes.

Em África, há 3.589 mortos confirmados em mais de 119 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

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