"Não se sabe se é o resultado de um bombardeamento aéreo ou uma explosão no armazém", disse à agência France Presse o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahmane.

Combates esporádicos ou tiros de artilharia acontecem regularmente na província de Idlib e territórios adjacentes, apesar de um cessar-fogo em vigor desde o início de março neste último grande bastião 'jihadista' e rebelde da Síria.

A explosão de hoje ocorreu no setor de Jisr al-Chughur, zona dominada pelos 'jihadistas' do Partido Islâmico de Turquestão (TIP, na sigla em inglês), cujos membros pertencem maioritariamente à minoria muçulmana uigure da China.

"Foram mortos seis 'jihadistas' estrangeiros nas fileiras do TIP e seus aliados", disse Abdel Rahmane.

"A explosão coincidiu com o sobrevoo de aviões militares russoas", precisou, adiantando: "se se tratar de um bombardeamento aéreo, será o primeiro da aviação russa desde o início das tréguas".

O TIP é aliado dos 'jihadistas' do Hayat Tahrir al-Cham, ex-ramo sírio da Al-Qaida que domina Idlib.

O cessar-fogo -- negociado pela Rússia e pela Turquia, país fronteiriço que apoia rebeldes sírios -- foi conseguido após vários meses de uma ofensiva mortífera do regime de Bashar al-Assad.

A operação, relançada em dezembro e acompanhada de ataques aéreos quase diários, causou perto de um milhão de deslocados, segundo a ONU, e pelo menos 500 mortos entre os civis, de acordo com o OSDH.

Desencadeada em março de 2011 pela repressão de manifestações pró-democracia, a guerra na Síria já causou mais de 380.000 mortos e milhões de deslocados e refugiados.

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